Esposa faz apelo e diz que família vive “dias de desespero”
A esposa de Douglas Wilson Ramos, 28 anos – levado por suspeitos após um assalto à sua empresa, em Cuiabá -, Shirlene Gomes, contou que a família tem vivido “dias de desespero” desde que ele desapareceu, há seis dias.
“Estamos desesperados porque ainda não temos nenhuma pista sobre o desaparecimento do meu marido. Não há nada, nenhuma notícia”, lamentou.
O empresário desapareceu após ser levado por três assaltantes, durante um assalto à sua loja, a Tarumã Cimentos, localizada na Avenida Arquimedes Pereira Lima (Estrada do Moinho), em Cuiabá.
Shirlene Gomes fez um apelo para que os bandidos liberem seu marido (leia abaixo).
A Polícia Civil segue realizando buscas, porém, ainda não possui novidades a respeito do caso.
Ao MidiaNews, a contadora relatou que o empresário possui três filhos, dos quais somente o mais novo, de dois anos, é fruto da relação dele com Shirlene. Segundo ela, o filho chora todas as noites, desde que o pai desapareceu.
“O meu filho não tem dormido à noite, porque dormia sempre com o pai. Os pais dele também estão desesperados, não comem nem dormem desde que ele sumiu. É muito desesperador ficar sem notícias”, disse.
Shirlene afirmou que o marido nunca teve relação com ações ilegais e, por isso, não consegue imaginar o motivo do crime.
“Não sei dizer a motivação do crime, pois meu marido não tinha inimigos. Ele frequentava a igreja, era correto. Não acredito que o motivo seja por dinheiro, porque não pediram nenhum resgate”, afirmou.
Sem notícias
Segundo a esposa de Douglas, os familiares do empresário estão buscando informações sobre o paradeiro do desaparecido e, inclusive, mandaram fazer camisetas com a imagem do marido.
Desde a data do crime, conforme Shirlene, nenhuma novidade sobre o caso foi repassada pela Polícia Civil à família.
Segundo ela, nem mesmo a BMW X1 branca do empresário, que foi usada pelos bandidos durante a fuga, foi encontrada.
“O carro dele não tinha rastreador nem seguro, o celular dele está desligado. Só Deus sabe o que aconteceu”, disse.
Apelo
A esposa de Douglas pede que, caso o crime tenha sido motivado em razão do alto valor do veículo, os homens libertem o marido após conseguirem realizar o desmanche do carro.
“Se o alvo deles era levar o carro, eu peço que eles levem a BMW e soltem meu marido. Caso queiram passar o carro na fronteira, espero que passem e depois liberem meu esposo”, pediu.
A Tarumã Cimentos foi aberta há pouco mais de duas semanas. Desde o desaparecimento do empresário, a loja está fechada e segue sem previsão para ser reaberta.
Investigações
O delegado Flávio Stringueta é o responsável pelo caso, que segue na Divisão Anti-Sequestro da Gerência de Combate ao Crime Organizado (GCCO), da Polícia Civil.
Ele afirmou que as investigações continuam, mas que, até o momento, não há nenhuma novidade sobre o desaparecimento.
Stringueta contou que, por enquanto, o caso não é tratado como sequestro, pelo fato de os homens não terem pedido nenhum tipo de resgate para libertar a vítima.
“Por enquanto, aparenta ser o caso de um roubo com restrição de liberdade, pois não foi feito nenhum pedido de resgate à família”, disse.
Stringueta afirmou que nenhuma possibilidade está sendo descartada durante a investigação.
Informações
Um dos amigos do empresário, João Luiz, solicitou que informações sobre Douglas sejam repassadas à Polícia Civil.
“A família do Douglas está desesperada para conseguir novas informações sobre onde ele está. Se alguém tiver informações, denuncie à polícia”, disse.
João Luiz relatou que a distribuidora de cimentos do amigo nunca havia sido alvo de assaltos.
“Nunca tinha acontecido nenhum roubo à loja dele, somente em outros estabelecimentos da região”, contou.
Apesar de a Polícia Civil afirmar que o caso não se trata de um sequestro, os familiares e amigos discordam da versão.
“Acreditamos que ele tenha sido sequestrado porque foi colocado dentro de um carro, após o roubo, e levado pelos assaltantes”, disse.
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