Política

Dr. Leonardo deve assumir liderança de Taques na AL

0cf7a3e6bbff6734d89cfad67a1d0eceO deputado estadual Wilson Santos (PSDB) deve deixar a liderança do governo na Assembleia Legislativa. Apesar de não admitir publicamente, os posicionamentos do parlamentar chegaram a colocar muitos deputados em rota de colisão com o Palácio Paiaguás, principalmente na articulação da LDO e do PPA onde foi divulgado o enorme número de emendas aprovadas, só que na sanção pouco ou quase nada sobreviveu.

O parlamentar tucano afirma que fica no cargo até que a Casa de Leis entrar em recesso. A previsão é que isso ocorra, segundo o regimento interno, no dia 17 de dezembro, mas é provável que as votações cheguem até o dia 22 ou 23.

Com a remessa de um volume considerável de matérias neste final de ano, não está descartado que os deputados através de ato da Mesa Diretora se autoconvoquem para janeiro, pois as matérias que virão por se tratarem de aumento e criação de impostos como o novo Fundo Estadual de Transporte e Habitação – Fethab e do Fundo de Transportes – Funtran entre outras, não terão tempo hábil para apreciação. Santos alega que, nos próximos anos, quer se dedicar a sua atuação como parlamentar. Só que nos bastidores a sua posição dentro do PSDB, mesmo partido do governador Pedro Taques, de que a sigla tem que disputar as eleições municipais em Cuiabá, o coloca contra uma eventual coligação com o prefeito e candidato à reeleição, Mauro Mendes (PSB).

Ele afirma que já comunicou o governador Pedro Taques (PDT) sobre a sua decisão, mas o governo do Estado não confirma e nem desmente. Diante disso, a tendência é o chefe do Executivo Estadual só anuncie o seu substituto em fevereiro, quando o Parlamento retorna do recesso de final de ano, isto se realmente houver recesso.

Com relação ao seu substituto, o deputado afirma que não fará nenhuma indicação e nem participará do processo de escolha do novo líder. No entanto, existe a possibilidade de o vice-líder, deputado estadual Leonardo Albuquerque (PDT), assuma a vaga deixada pelo tucano. “Fazer indicação de nomes não é meu papel. Esse cargo pertence ao governador, única e exclusivamente. Então é ele quem tem que fazer a escolha. O governador já conhece os deputados e qualquer um aqui está preparado para a função e para os dissabores do cargo”, pontua.

Santos assumiu a liderança do governo 24 de fevereiro deste ano. À época, o secretário-chefe da Casa Civil, Paulo Taques, afirmou que o tucano foi escolhido por possuir bom trânsito na Assembleia e larga experiência como parlamentar. Sua principal “vitória” no exercício da função foi a aprovação da reforma administrativa e da Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO) de 2016, por unanimidade, só que sua articulação não foi suficiente, pois entre as apresentações de emendas e a votação, houve pelo menos um encontro coletivo do governador Pedro Taques e a quase totalidade dos deputados em um jantar e outras audiências em separado.

Diário de Cuiabá

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