VLT: Taques diz que não gastará R$ 1 até que se descubra o que foi roubado
“Não gasto R$ 1 enquanto nós não tivermos certeza do que foi roubado do dinheiro do cidadão mato-grossense nesse VLT”, declara o governador Pedro Taques (PSDB) durante evento que reuniu o ministro das Cidades, Gilberto Kassab (PSD), e representantes de cada um dos 15 consórcios intermunicipais do Estado, na tarde desta quinta (4), na Arena Pantanal. O encontrou se deu para que Kassab tivesse conhecimento das demandas que cada região enfrenta.
O governador aproveitou a ocasião e comentou que o ministro pode ver com os próprios olhos o “rasgo” deixado pelas obras inacabadas do modal nas principais avenidas de Cuiabá e Várzea Grande. Estimou que, com o valor de R$ 1,1 bilhão cobrado pelo Consórcio VLT para terminar a obra, seria possível construir mil quilômetros de rodovias ou até oito hospitais regionais, sendo cada um com 300 leitos.
O ministro, por sua vez, disse que a prioridade do ministério é não paralisar nenhuma obra. “E aquelas que foram paralisadas, que possam ser retomadas“. Contudo, ponderou que todos sabem das dificuldades enfrentadas pelo país. “Não vivemos um momento de economia em crescimento. Todos sabem que a receita dos municípios, qualquer que seja, caiu em 2015 e talvez não cresça em 2016. Assim será com os governos estaduais e com o governo federal. Portanto, o que precisa haver, em um primeiro momento, é uma relação de verdade”.
Taques ainda ressaltou que se tivesse apenas um pedido a fazer ao ministro, seria para que ele atendesse aos pedidos dos prefeitos. Kassab, entretanto, observou a ausência de projetos para viabilizar a entrada de recursos. Nesta linha, o tucano anunciou a criação de uma Central de Projetos, que deve ser firmada por meio de um convênio entre a secretaria estadual de Cidades (Secid) e a Associação Mato-Grossenses dos Municípios (AMM). Segundo o ministro, essa Central pode atuar de forma itinerante. “A questão não é recurso, é projeto mal elaborado”, disse Taques.
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