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Delator se diz envergonhado e conta que deixava propina de R$ 500 mil no banheiro de Silval

O ex-secretário de Administração César Zílio confessou que Silval ficava com 70% da propina e ele com 30%. O esquema teria iniciado em janeiro de 2011.

sodomaAo confessar os crimes de cobrança de propina e lavagem de dinheiro, cometidos na gestão do ex-governador Silval Barbosa, o ex-secretário de Administração do Estado César Zílio, atualmente delator do esquema, disse em depoimento à juíza Selma Rosane Arruda, que logo que os crimes tiveram início logo no início do mandato do peemedebista em janeiro de 2011.

“Cometi erros graves, que me envergonham e envergonham minha família, que me causam dor. Os meus erros foram cometidos e eu peço desculpas para minha família, meus amigos e a sociedade”, declarou.

Silval teria mandado que ele cobrasse do empresário Willians Mischur, dono da empresa Consignum, que prestava o serviço

de empréstimos consignados a servidores, a propina de R$ 500 mil ao mês. O montante seria para pagar as dívidas da campanha de 2010.

À juíza, o delator se disse arrependido e envergonhado. “Cometi erros graves, que me envergonham e envergonham minha família, que me causam dor. Os meus erros foram cometidos e eu peço desculpas para minha família, meus amigos e a sociedade”, declarou.

Zílio ainda relatou que quando foi preso, foi recepcionado por Nadaf no Centro de Custódia do Carumbé (CCC), onde os dois se abraçaram e choraram. Segundo ele, no tempo ocioso ambos confabulavam ideias para esconder o gado que Nadaf tinha medo de perder.

Ele confirmou a versão do empresário que teria sido procurado duas vezes pelo também ex-secretário de Administração Pedro Elias e levado, nas ocasiões até Silval para tratar sobre as propinas.

Zílio diz que Silval ficava com 70% do montante arrecadado e ele com 30%, mas que o ex-governador achava pouco o valor cobrado de Mischur e constantemente o pressionava para aumentar a quantia.

O dinheiro, segundo o delator, sempre era entregue ao final do expediente no gabinete do ex-governador. Para não levantar suspeitas ele deixava o montante escondido em um banheiro do gabinete de Silval, que tinha um armário, onde era armazenada a propina.

Segundo Zílio, ele só ficou sabendo que estava fora do esquema, quando Mischur o procurou dizendo que Silval havia o orientado a repassar a propina para Pedro Elias. Ele disse que tentou falar com o ex-governador, mas sequer foi recebido. Sílvio Côrrea, então chefe de gabinete de Silval teria dito para ele “não se meter nisso”.

PLANOS NO CÁRCERE

Sendo parte do “1º escalão” do esquema que incluía ele, Silval, Sílvio e os ex-secretários Pedro nadaf e Marcel de Cursi, Zílio contou que dispunha de bom relacionamento principalmente com Nadaf, para quem vendeu 1,2 mil cabeças de gado por R$ 1,5 milhão. Ele confessou que a maior parte foi paga em dinheiro proveniente das propinas arrecadadas de empresários beneficiados pelo Prodeic, como o delator João Batista Rosa.

Zílio ainda relatou que quando foi preso, foi recepcionado por Nadaf no Centro de Custódia do Carumbé (CCC), onde os dois se abraçaram e choraram. Segundo ele, no tempo ocioso ambos confabulavam ideias para esconder o gado que Nadaf tinha medo de perder e que acabou sendo leiloado pela Justiça.

ReporterMT

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