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Juiz aceita denúncia contra idoso que envenenou achocolatado e matou criança de 2 anos

33A denúncia oferecida pelo Ministério Público Estadual (MPE) contra o idoso Adônis José Negri, 61 anos, acusado pela morte de um menino de dois anos, que consumiu achocolatado envenenado por ele, foi acatada pela Justiça. A ação tramita na 14ª Vara Criminal e está sob a responsabilidade do juiz Jurandir Florêncio de Castilho.
 
A denúncia foi aceita no dia 11 de maio. Na decisão, o magistrado explica que “diante da existência de indícios satisfatórios da autoria e materialidade da prática do delito, que estratificam a existência de justa causa para a acusação contidos no presente Inquérito Policial, e diante da tipicidade em tese, dos fatos narrados, recebo a denúncia oferecida pelo Ministério Público, dando ao acusado Adônis José Negri como incurso nos artigos nela mencionado”.
 
Preso no Centro de Ressocialização de Cuiabá (CRC) de Cuiabá, desde o dia 1º de setembro, o comerciante Adônis José Negri, de 61 anos, teve a transferência determinada para o Centro de Custódia da Capital (CCC), por correr risco de morte dentro da instituição. O idoso é apontado como autor do envenenamento que vitimou o menino Rhayron Christian da Silva Santos, de 2 anos, morto após ingerir um achocolatado da marca Itambé, no dia 25 de  agosto.
 
O crime foi motivado por uma vingança contra Deuel Soares, 27, que frequentemente roubava a casa de Adônis. Assim, o idoso inseriu veneno nos recipientes da bebida depois de perceber que o ladrão tinha uma predileção por ela. Após realizar o furto das caixas, no entanto, o assaltante revendeu o material para o pai criança, que ofertou a bebida à ela sem saber o que se passava.
 
Os laudos da Perícia Oficial de Identificação Técnica (Politec), mostraram que ele usou uma agulha para injetar a substância Carbofurano no achocolatado consumidas por Rhayron. Além do menino, que morreu duas horas após ingerir o alimento, um amigo da família identificado como Alan José, de 31 anos, também foi internado após o consumo. O acusado aproveitou as dobraduras da caixa para que o furo não fosse percebido.
 
O laudo toxicológico da Perícia Oficial e Identificação Técnica (Politec) também reveou  que o veneno tem o mesmo princípio ativo encontrado em pesticidas utilizados para controle de pragas em lavouras, e comumente aplicado como veneno de rato. De acordo com o perito responsável pelas análises, Diego Viana Andrade, para injetar a substância nas cinco caixas de bebida o idoso teria usado uma seringa, ou instrumento do tipo. 

Fonte: Olhardireto- Wesley Santiago

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