Após 63 dias, servidor da Assembleia de MT é solto pelo TJ
Apenas Márcio Pommot segue preso por desvios no Legislativo
Por unanimidade, a 1ª Câmara Criminal do Tribunal de Justiça de Mato Grosso decidiu na manhã de hoje soltar o servidor da Assembleia Legislativa, Djalma Ermenegildo. Ele havia sido preso no dia 21 de julho em decorrência da “Operação Imperador”, que investiga um esquema de desvio de cerca de R$ 62 milhões na compra de materiais de escritório pelo Legislativo.
O Gaeco (Grupo de Apoio e Combate ao Crime Organizado) solicitou a prisão de Djalma alegando que ele estaria destruindo provas a mando do ex-presidente da Assembleia Legislativa, José Riva (PSD), que também foi preso nesta operação. Riva conseguiu ser solto por decisão do STF (Supremo Tribunal Federal).
Relator do mérito do pedido de habeas corpus de Djalma, o desembargador Rui Ramos considerou que pelo fato das audiências do processo criminal estarem adiantadas o servidor não prejudicaria mais a instrução processual. Para o magistrado, a manutenção da prisão seria um exagero.
Os desembargadores Orlando Perri e Rondon Bassil acompanharam o voto de Rui Ramos. A “Operação Imperador” tem 16 réus.
PRISÃO
Com a soltura do ex-secretário de Administração do Legislativo, o único servidor preso da Assembleia Legislativa a ser mantido acusado de supostas fraudes nos últimos anos é Luiz Márcio Bastos Pommot. Ele está detido desde a “Operação Ventríloquo”, suspeito de participar de um esquema que teria desviado R$ 10 milhões dos cofres do Legislativo no pagamento de uma dívida junto ao banco HSBC.
FolhaMax