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Aumento no preço do litro do etanol em postos de Cuiabá chega a 30%

869319358c79f5835f75a2671d73c635Os preços do litro do etanol e da gasolina tiveram aumentos significativos nos postos de Cuiabá, em apenas um mês. Um levantamento em três postos de combustíveis da região central da capital apontam uma alta média de até 30,6% no preço do etanol e de 4,6% no preço da gasolina. Apenas o preço do Diesel S10 apresentou uma variação pequena, de apenas 1,7%.

As pesquisas foram realizadas no dia 5 de outubro e novamente nesta terça-feira (10). Em um dos postos visitados, o litro do etanol “saltou” de R$ 1,79 para R$ 2,43. Em outro posto, o preço do litro da gasolina subiu até R$ 0,20, passando de R$ 3,49 a R$ 3,69%.

Conforme a Federação Nacional do Comércio de Combustíveis e de Lubrificantes (Fecombustíveis) e o Sindicato do Comércio Varejista de Derivados do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis de Mato Grosso (Sindipetróleo), a alta de preços é reflexo de “significativos aumentos de custos, de maneira contínua, desde janeiro deste ano” e não podem ser atribuídos a uma decisão exclusiva dos postos de combustíveis.“Nos últimos meses, as elevações de preços têm penalizado os postos de combustíveis, com a diminuição de suas vendas, perda de clientes, a necessidade de intensificação de capital de giro, além de severos desgastes perante a opinião pública, já que os aumentos são incorretamente atribuídos aos postos”, afirmaram as entidades, por meio de nota oficial.

As entidades ainda lembram a série de reajustes de preços praticados pela Petrobras nos preços da gasolina e do diesel – que apenas de janeiro a setembro deste ano, subiram 14% e 12%, respectivamente – e o ajuste fiscal realizado pelo governo federal, que aumentou os impostos cobrados sobre os combustíveis, bem como a majoração mensal do Preço Médio Ponderado ao Consumidor Final (PMPF).

A Fecombustíveis e o Sindipetróleo também apontam que houve aumento de preços pelas usinas produtoras de etanol e elevação dos preços do biodiesel pela mistura na gasolina e no diesel. Segundo o diretor-executivo do Sindicato das Indústrias Sucroalcooleiras de Mato Grosso (Sindalcool), Jorge dos Santos, o aumento do etanol é culpa de uma série de fatores, entre eles a crise política, que impede uma boa atuação na economia do país. “A verdade é que a culpa é de uma situação criada pelo governo brasileiro em 2014, retendo todos os preços da gasolina e da energia elétrica. A inflação já está ‘batendo’ em 10%, o diesel subiu, aumentaram os impostos cobrados sobre os combustíveis, o dólar foi na lua, o que impactou nos preços dos fertilizantes e dos defensivos, ou seja, está mais caro plantar”, disse.

Segundo o Sindipetróleo, os custos com mão de obra, licenças ambientais, custos sociais do trabalho e uma série de novas exigências estabelecidas pelos órgãos públicos também refletiram no aumento dos custos de operação dos postos. O aumento gradativo do diesel durante o ano também contribui para a situação atual, de acordo com o Sindalcool. “Aumentar o valor da gasolina afeta algumas pessoas, mas aumentar o valor diesel afeta a vida de todo mundo, porque tudo é transportado por veículos movidos a diesel. A distância das usinas até Cuiabá  também afeta o preço. Depende muito de onde a distribuidora mantém contrato de fornecimento. Quanto mais longe, maior o custo”, afirmou.

FolhaMax

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