Política

Campanha de Taques tem 15 ‘baixas’ e crise de confiabilidade; Luciane Bezerra deixará coordenação

gdComplicou de vez a unidade na aliança entre os partidos que fazem oposição ao Governo. A deputada estadual Luciane Bezerra (PSB), deve abandonar a coordenação da campanha para governador do Pedro Taques (PDT) na região noroeste do Estado. O motivo estaria na decisão do grupo em ‘fechar’ com o produtor rural Rogério Salles, do PSDB, como candidato ao Senado Federal, na vaga deixada por Jayme Campos, do DEM, que renunciou alegando deslealdade no grupo.

Luciane lutava pela indicação da vaga ao Senado. Mas ela estava, aparentemente, sozinha no projeto. Na verdade, isolada. Segundo fontes ligadas a oposição, a deputada não contava nem mesmo com o apoio do seu partido, o PSB, cujo principal líder, o prefeito Mauro Mendes, de Cuiabá, estaria engajado na campanha do deputado federal Wellington Fagundes, do PR. Mendes foi acusado de ser o pivô da decisão de Campos em renunciar à candidatura à reeleição. 

Mas Mendes também ‘padece’ na liderança política. Dono do apoio de 22 dos 25 vereadores de Cuiabá, o prefeito não consegue conter a ‘debanda’ de apoio que Pedro Taques tinha no começo do projeto eleitoral.  

Nos últimos dias Taques perdeu nada mais nada menos que 15 aliados em sua campanha. Nove eram candidatos do Partido Republicano Progressista (PRP). Também saíram os vereadores Leonardo de Oliveira (PTB), Oséas Machado (PSC) e Mário Nadaf (PV), de Cuiabá, além do deputado estadual Antônio Azambuja (PP) e do empresário Alexandre Demarchi (PTB).

Dentro da oposição, o prefeito de Primavera do Leste, Érico Piana, também declarou abertamente a sua preferência pelo deputado federal Wellington Fagundes ao Senado Federal. O DEM tentou cooptar o agricultor Gilberto Goellner para disputar a eleição, mas ele não aceitou Além do DEM que tem se sentido preterido, o PP também tem deixado o ‘arco de alianças’. Alguns abertamente como o caso do deputado estadual Antônio Azambuja, mas há sinais de que haverá mais debandada.

 O ex-prefeito de Juína, Genesio Boer (DEM) afirmou que a coligação não oferece nenhuma ajuda aos candidatos e sentiu falta de firmeza nos propósitos eleitorais: ” Conversei com o Pedro Taques uma vez e a conversa não durou nem 10 minutos. Não se ofereceram a me ajudar em nada. Depois que vim para Cuiabá, nunca mais me ligaram. Eu sou da região de Juína e o PSB fez uma reunião na minha cidade e nem me chamaram para participar”, indigna-se. “Devem pensar que eu sou um trouxa lá do Nortão”.

Para tentar conter a ‘sangria’, o senador Pedro Taques escalou o prefeito Otaviano Pivetta, de Lucas do Rio Verde, para contra atacar com declarações fortes e pesadas contra os alvos. Em entrevista a um site de Cuiabá, o mega produtor rural sustentou que a campanha de Taques “está bem organizada”, ao contrário do que pregava o aliado Percival Muniz, prefeito de Rondonópolis, que denunciou falta de comando. “Está tudo organizado, todo mundo sabe o que fazer.

Nunca participei de uma campanha tão criteriosa, com um grupo tão coeso e capacitado” – afirmou para duvidas de muitos.   Coube a Pivetta também tentar descaracterizar a ‘debanda’ de apoio sofrida por Pedro Taques, após a decisão do senador Jayme Campos, do Democratas, renunciar a condição de candidato a reeleição, alegando falta de lealdade no grupo.

“Quem gosta de bajulação, clientelismo e esmola deve se bandear para o lado do Riva porque essa é a prática daquele grupo” – disse, referindo-se aos apoios declarados ao candidato José Riva, do PSD. Pivetta é apontado, no entanto, como um dos responsáveis pela ‘implosão’ da Frentinha criada por Taques.

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