Opinião

Efeitos da ressaca continuam mesmo depois da pessoa ficar sóbria, diz estudo

ressaca-20130208-size-598O fim da ressaca nem sempre significa que tudo está finalmente em ordem. Os problemas cognitivos causados pela bebida alcoólica podem persistir mesmo depois de uma pessoa ter ficado sóbria, com os níveis de álcool no sangue zerados — e os males da ressaca vão muito além de tonturas e enjoos. Isso porque, segundo um novo estudo britânico, a ressaca também afeta negativamente funções como a memória, raciocínio e reflexo.

Essa pesquisa vem sendo feita na Universidade Keele, na Grã-Bretanha, e seus resultados preliminares foram apresentados na última quinta-feira, durante o encontro anual do Grupo de Pesquisa em Álcool e Ressaca da própria universidade. No estudo, os pesquisadores avaliam uma série de aspectos cognitivos (memória, raciocínio e linguagem, por exemplo) de pessoas durante uma ressaca.

Danos ao cérebro — De acordo com reportagem publicada no jornal The Telegraph, a pesquisa indicou que a ressaca prejudica especialmente a memória de trabalho, ou de curto prazo, que é relacionada ao armazenamento temporário e à manipulação de informações. Essa memória faz com que uma pessoa seja capaz de lembrar que o forno está ligado enquanto assiste a um programa de televisão, por exemplo.

Segundo os resultados preliminares do estudo, estar de ressaca diminui o funcionamento da memória de trabalho em 5% a 10% e aumenta em 30% os erros de raciocínio cometidos por uma pessoa. Além disso, os reflexos de uma pessoa de 20 anos durante uma ressaca se assemelham aos de um indivíduo de 40 anos.

Os autores da pesquisa explicam que a causa científica da ressaca ainda não é totalmente compreendida. Sabe-se que a desidratação provocada pelo consumo de álcool contribui para o os sintomas, mas acredita-se que os componentes químicos presentes na bebida também tenham um papel para o surgimento do quadro. Como os resultados apresentados são preliminares, ainda não há informação sobre por quanto tempo os efeitos da ressaca  persistem no funcionamento cerebral.

 

 

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