Eleições e a era do marketing político digital
Eleições onde candidatos eram munidos de campanhas de marketing caras, excesso de photoshop e discursos espetaculares para garantir um lugar ao sol não existem mais. O eleitor mudou e o cenário digital agora será palco de campanhas em tempo real.
Com a popularização da internet wi-fi, o acesso à educação online e à vida via redes sociais farão com que os candidatos também migrem para este universo, onde o virtual tem que ser real.
Palavras de ordem como “eu vou trabalhar em prol da educação, saúde e segurança” nao colam mais, e os candidatos deverão ter em mente que, se não for objetivo, autêntico e rápido, ficará para trás.
Qualquer eleitor, por mais simples que seja, tem um smartphone com acesso a internet e Facebook, e estará atento ao que for publicado pelo candidato.
Quem não representar gerações de nativos digitais estará fora da disputa, e o máximo que fará serão memes com a sua cara. Sim, meu caro candidato, uma vez que fizer bobagem, falar asneira e burlar sistemas, terá alguém se encarregando de publicar na internet e virará piada facilmente.
Se pudesse dar um bom conselho, este seria: Candidato, contrate profissionais habilitados em marketing digital, eles serão especialistas em planejamento, codificação e desenharão estratégias para fazer com que seja visível no universo digital.
Quem acredita que o marketing digital é formado pelo sobrinho que entende de internet, ou que pagar anúncio no Facebook é garantia de sucesso, helllooo! Você já está fora do páreo!!
Se entende que, na periferia, ninguém se importa ou não irá ver suas campanhas nas redes sociais de péssima qualidade, entenda: somos 3 bilhões de pessoas conectadas na internet, e metade delas tem Facebook. Fez bobagem ali, o povo faz post aqui.
Em tempos de crise econômica, Operação Lava-a-Jato e afins, o marketing digital politico é a ferramenta barata, essencial, e que pode conquistar o eleitor, mas deve ser feito por profissionais qualificados.
Acreditem: a internet tem poder de mudança na campanha eleitoral 2016 sim, e se for feita com qualidade, pode dar visibilidade a propostas políticas objetivas, amplificar o que um candidato faz pela sociedade, e ainda conquistar eleitores engajados.
Maria Augusta Ribeiro. Profissional da informação especialista em Netnografia, escreve para o Belicosa.com.br e é Coordenadora de Comunicação da BPW Brasil.