Política

“Em MT, o cidadão está se armando, seja legal ou ilegalmente”

46a62e100a4397fce7a415b2aa7dc2eeNeto de armeiro, proprietário de um estande de tiro e ex-dono de uma das lojas de armas mais antigas do Centro de Cuiabá – fechada há pouco mais de 10 anos – o advogado Enzo Ricci é claramente a favor do fim da Lei do Desarmamento.

“O Governo desarmou o cidadão, mas não desarmou o bandido. Toda vez que entregam 100 armas, entram 150 armas clandestinas no país”, disse.

Ricci desativou a sua loja de armas, a Casa Ninno, em 2004. A loja era localizada na Rua 13 de Junho. Segundo o advogado, com a Lei do Desarmamento, em dezembro de 2003, ele não viu outra saída a não ser encerrar as atividades.

Para ele, com a determinação dada pela União para que todos entregassem as suas armas, o cidadão ficou “vulnerável” e acaba optando por procurar meios ilegais de se proteger.

“Eu acho que o cidadão tem o direito de se defender. Isso está na Constituição, que cada um tem o direito de defender a sua vida, a sua propriedade. O que eu posso dizer é que o cidadão, de dois anos para cá, está se armando, seja legal ou ilegalmente”, afirmou.

Apesar de defender que cada um tem o direito de fazer a sua própria proteção, o advogado pondera que, nem todos são psicologicamente preparados para andarem armados e que é necessário testes mais rígidos, caso a Lei do Desarmamento tenha fim no país, algum dia.

“Eu sou um cara tranquilo. Você pode me xingar no trânsito, gritar, que eu não vou sacar a arma para você, perder a cabeça por isso. Mas tem cara que toma um ‘goró’ e já está arrancando o revólver para alguém. Não sou daqueles que acreditam quem é só falar: ‘o cidadão tem que andar armado e pronto’. Da forma como está hoje, não tem como. Mas com mais consciência e leis mais rígidas, sim”, disse.

Midia News

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