Ex-governador segue foragido e boatos tomam conta de paradeiro

Vinte e quatro horas após ter o mandado de prisão preventiva expedido pela juíza da 7ª Vara Criminal, Selma Rosane Arruda, o ex-governador Silval Barbosa (PMDB) segue considerado foragido da Justiça. Havia a expectativa de que o peemedebista se entregaria na sede da Delegacia Fazendária em Cuiabá na madrugada desta quarta-feira (16) como estratégia de evitar holofotes da imprensa, porém, nada disso se concretizou.

A ausência de Silval gerou uma onda de boatos espalhados pela cidade. Durante a terça-feira (15), houve informações de que o ex-governador teria sido preso em Brasília e até se deslocado para a região do Manso, localizada a 80 km de Cuiabá. Oficialmente, a assessoria jurídica de Silval composta pelos advogados Valber Melo e Ulisses Rabaneda prefere se posicionar somente após ter acesso aos autos do processo que tramita em segredo de Justiça. “Até o momento, não sabemos a fundamentação do mandado de prisão”, declarou o advogado Valber Melo na manhã desta quarta-feira (16) em entrevista ao FOLHAMAX.

A defesa tem dois caminhos para evitar o cumprimento da prisão preventiva. O primeiro é solicitar a revogação para a juíza Selma Rosane Arruda ou encaminhar pedido de habeas corpus ao Tribunal de Justiça que seria distribuído a algum desembargador membro de Câmara Criminal.

Pela acusação da Polícia Civil, Silval Barbosa é suspeito de montar um esquema de corrupção envolvendo concessão ilegal de incentivos fiscais para empresas privadas. Os seus ex-secretários Pedro Nadaf e Marcel de Cursi já estão presos preventivamente.

 O chefe de gabinete Silvio Correa, foi obrigado a colocar tornozeleira eletrônica para ser monitorado pelo Judiciário.  A suspeita dos crimes é de concussão, quando o funcionário público usa o cargo para solicitar vantagem indevida, lavagem de dinheiro, formação de quadrilha e corrupção passiva.