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Haitiano que ficou tetraplégico após tiro reencontra os filhos após 3 anos

Sem ter onde ir, Chrisner Elveus continua no Pronto-Socorro de Cuiabá.
Meninos de 10 e 13 anos chegaram à cidade na segunda-feira (27).

haitianoO haitiano Chrisner Elveus, que ficou paraplégico depois de ter sido baleado nas costas quando estava na porta de casa, em novembro de 2015, reencontrou os dois filhos. Os meninos, de 10 e 13 anos, chegaram na segunda-feira (28) a Cuiabá. Mas, a família agora precisa de uma casa para ficar.

O haitiano recebeu alta do hospital em fevereiro de 2016, mas ainda está no Pronto-Socorro da capital por não ter lugar para onde ir: não há vagas na residência inclusiva, que só tem 10 leitos para atender as pessoas de todo o estado com necessidades especiais em tratamento na capital.

“Para ficar com a família é preciso uma casa”, disse Chrisner, que está exposto ao risco de contaminação por ainda permanecer na unidade hospitalar.

O Pronto-Socorro da capital afirma que o haitiano está pronto para ir para casa. “Ele é um paciente que está estável e que está aguardando para a gente poder levá-lo para receber os cuidados domiciliares agora”, disse a médica infectologista e superintendente do Pronto-Socorro.

Para Maria Salete Ribeiro, secretária-adjunta do Pronto-Socorro, a responsabilidade em arrumar uma moradia para Chrisner é pública. “Ele vai conviver com as limitações para o resto da vida e a gente entende que, ao poder público, cumpre a decisão de moradia e home care no nível de atenção básica”, disse.

O intérprete Rafael Lira, que faz trabalhos sociais com os haitianos na Grande Cuiabá, acompanha de perto a luta para conseguir um lar para a família. “A expectativa maior agora realmente é conseguir uma casa que tenha o mínimo de conforto e acessibilidade para que o pai possa ficar junto com eles também”, disse.

O reencontro
Rafael Lira disse que o reencontro de Chrisner com os familiares foi emocionante, inclusive para os funcionários da unidade hospitalar.

“Segundo a mãe, foi um momento bem comovente, o próprio hospital, as enfermeiras que estavam próximas ficaram emocionadas de ver o reencontro depois de mais de dois anos sem ver os filhos”, contou.

Apesar de ainda estar no hospital, Chrisner está contente por ter voltado a ficar perto da família. “Feliz”, disse o haitiano.

G1-MT

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