Polícia

Jr. Mendonça reafirma em audiência com réus existência esquema de lavagem de dinheiro

O depoimento do empresário começou às 13h30 desta quinta-feira (3) e só terminou há pouco.

Gércio Mendonça Júnior, o Júnior Mendonça, ratificou ao juiz Jeferson Schneider, da quinta Vara da Justiça Federal do Estado, tudo o que ele delatou à Polícia Federal sobre as investigações de lavagem de dinheiro em Mato Grosso na Operação Ararath. O depoimento do empresário começou às 13h30 desta quinta-feira (3) e só terminou há pouco.

f4dea9cc3d6b389d9751efa4648aa271Júnior Mendonça prestou as informações na condição de testemunha de acusação. Além da presença dele na sala, também estavam presentes os réus do caso: Vivaldo Lopes, Laura Dias (esposa de Eder Moras), e Luis Cassol (gerente do Bic Banco) e Eder Moraes, que mesmo preso no presídio da Papuda, em Brasília, participou por videoconferência. Os advogados dos réus também participaram da oitiva.

De acordo com o advogado de Eder Moraes, Paulo Inácio Dias Lessa, Júnior Mendonça disse ao juiz que o ex-secretário de Blairo Maggi (PR) e Silval Barbosa (PMDB) era uma espécie de ‘movimentador’ do sistema financeiro, confirmando o que havia dito na fase do inquérito policial.

Lessa também comentou que o depoimento de Mendonça não trouxe nenhuma novidade que pudesse acrescentar sobre o seu cliente.

Já o advogado de Laura Dias, Marden Tortorelli, revelou que Júnior Mendonça, em suas declarações, acabou inocentando a mulher de Eder. Para ele, ficou claro que Laura não teve nenhum tipo de participação no suposto esquema.

A defesa de Vivaldo Lopes acredita que o seu cliente também foi beneficiado com o depoimento do delator da Ararath. Já que para Ulisses Rabaneda, Lopes teria apenas emprestado a conta de sua empresa para o depósito de um valor que seria do Mixto, tendo a origem comprovada. Ele, Ulisses, argumentou que uma perícia contábil deve comprovar a transação financeira.

Ainda sobre Eder Moraes, jornalistas perguntaram ao advogado Paulo Lessa se o ex-secretário seria inocente. Lessa se limitou a dizer que seria “cedo para dar essa resposta”.

No dia 24 de julho, estão previstos quatro depoimentos de testemunhas de defesa do caso.

A audiência desta quinta-feira (3) se limitou a conhecer detalhes da possível participação dos quatro réus presentes na sala. Mas também foram alvos da operação Ararath: o deputado estadual José Riva (PSD), o governador Silval Barbosa (PMDB), o prefeito de Cuiabá, Mauro Mendes (PSB), o conselheiro do Tribunal de Contas, Sérgio Ricardo e o nome do senador Blairo Maggi (PR) citado durante as investigações, apesar de não ter recebido a visita dos agentes da PF.

Fonte: ReporterMT

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