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Kroos e o futebol moderno “até demais” da Alemanha

Alemanha parece jogar consciente das retrancas que virão, mas só encontra a vitória no talento de Kroos

A dificuldade dos grandes nesta Copa é vidente. Na segunda rodada, os gols de bola parada diminuíram, houve viradas e goleadas – de Bélgica e Inglaterra. Mas os grandes campeões continua devendo futebol. A Alemanha segue viva após cobrança de falta fantástica de Toni Kroos que selou a vitória contra a Suécia, mas seu futebol parece estar um passo acima do que é praticado hoje. Uma espécie de “pós-modernidade” no jogo. Talvez uns passos acima para alcançar o penta.

Nunca os pequenos estiveram tão bem preparados. Fisicamente, conseguem correr um jogo todo sem cansar. Taticamente, pensam na negação de espaços. Mentalmente, jogam mais confiantes. É um sintoma do intercâmbio de conhecimento e da internet, que proliferou análises e novas formas de pensar. No jogo, o reflexo é uma Copa permeada pelas defesas de handebol e dos ataques de basquete, como você leu aqui.

A Alemanha parece ter adivinhado isso. Já ciente da retranca, seus atacantes e meias se concentram praticamente na linha defensiva do rival. Procuram o máximo de profundidade – o quanto um time está perto do gol – e ficam de costas. Buscam a ruptura – quando vencem fisicamente o marcador – e os cruzamentos, já que Hector e Kimmich, os laterais, ficam bem abertos no campo. Veja a imagem: são 6 jogadores praticamente nos metros finais de campo. A escolha por ocupar espaços assim também gera uma imposição mental e dá espaço para que os zagueiros Hummels (ou Rudiger, que jogou) e Boateng sejam os verdadeiros articuladores, com Kroos e Rudy auxiliando no papel de pensar jogadas.

Fonte: Globoesporte

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