Maurição vendeu gado para empresa de doleiro investigado pela PF
A notícia veiculada pelo jornal Folha de São Paulo, do ultimo domingo (27), de que sua empresa de leilão teria feito negócio com uma empresa do doleiro Alberto Youssef, que foi preso ao ser investigado pela Polícia Federal na Operação Lava Jato, aparentemente não causou abalo ao ex-prefeito de Água Boa e atual pré-candidato do PR ao cargo de governador, Maurício Tonhá, o “Maurição”..
Em entrevista ao ReporterMT o realizador do maior leilão de gado do mundo declarou que não acredita que o fato possa manchar sua imagem. Ele diz que ficou claro que não teve nenhum contato com o doleiro e nem mesmo sabia que a empresa, com a qual negociou era de sua propriedade.
“Está tudo tão bem explicado, que eu não me preocupo com esse tipo de especulação. A própria matéria já colocou tudo muito bem colocado. Não vejo o que poderia causar esse fato. Eu vendi para uma pessoa que me passou o dinheiro e não tinha conhecimento disso, então não vejo problema”, declarou Maurição.
De acordo com a reportagem dos jornalistas Fernando Odilla e Andréia Sadi, da Folha de S.Paulo, a empresa de leilão MC Tonhá recebeu R$ 236,6 mil em 2009, da empresa MO Consultoria, que seria uma empresa ‘laranja’, chefiada pelo doleiro, que foi alvo da Operação Lava Jato, desencadeada pela Polícia Federal deflagrada no dia 17 de março.
O doleiro é investigado por participar esquema de lavagem de dinheiro. As relações do doleiro com políticos e empresários também tem ganhado cada vez mais a mídia nacional
Maurício Tonhá explicou que o valor é referente ao pagamento da quarta parcela da compra de 1.461 vacas. A aquisição teria sido feita pelo agropecuarista Antônio Penasso. À folha de São Paulo o comprador confirmou a transação e alegou ter recebido o dinheiro de sua sobrinha a doleira Nelma Kodama, também investigada e presa pela PF.
Ainda de acordo com a reportagem da Folha, o proprietário oficial da MO, Waldomiro de Oliveira, afirmou à PF que aceitou disponibilizar seu nome como dono da empresa em troca de 1% a 5% de toda a movimentação nas contas. Ele teria declarado que função não ia além de sacar dinheiro e assinar contratos em nome de empresas de Yousseff.