Opinião

Metade dos usuários ouvidos por pesquisa desconfia de empresas da web

WebMetade dos usuários paulistanos de internet acredita que as empresas do setor compartilham com terceiros seu dados pessoais – ainda que essas companhias não possuam autorização para isso. O dado consta de pesquisa realizada pela Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Estado de São Paulo (Fecomercio-SP) e divulgada nesta segunda-feira com exclusividade pelo site de VEJA.

O relatório ainda aponta que 72,3% dos entrevistados não confiam na segurança dos dados armazenados em sites como lojas virtuais ou mesmo redes sociais – um aumento de 48,7% em relação ao ano passado. Apesar disso, mais de 60% dos entrevistados afirmaram que não têm o costume de ler os contratos ou termos de uso dos serviços que utilizam – onde estão listados os deveres e obrigações das empresas.

A pesquisa da Fecomercio-SP também analisou o comportamento dos usuários em dispositivos móveis. Os dados apontam que quase 30% dos entrevistados têm o costume de gravar dados confidenciais dos locais onde trabalham em smartphones e tablets, o que pode facilitar espionagem industrial, em casos de roubo ou furto dos aparelhos. Mesmo assim, 86,4% dos entrevistados afirmaram que temem fraudes e ataques virtuais aos seus dispositivos. Do total, 48,7% afirmaram que costumam utilizar ativamente seus dispositivos pessoais no ambiente de trabalho.

Sobre os crimes virtuais em geral, incluindo computadores e dispositivos móveis, 66,6% das pessoas dizem ter algum conhecimento, mesmo que básico, da lei 12.737 – conhecida como lei Carolina Dieckmann – que tipifica crimes cometidos através de meios eletrônicos e da internet. Dentro do universo de entrevistados que conhecem o texto, apenas 16,3% acreditam que a lei é suficiente para barrar, ou combater, crimes na rede. O número de pessoas que admitiu ser vítima de ataques virtuais cresceu de 12,7%, em 2012, para 17,9% neste ano.

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A pesquisa, intitulada O Comportamento dos Usuários na Internet entrevistou mais de 1.000 pessoas residentes na cidade de São Paulo, com idades entre 18 e 70 anos.

 

 

 

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