Política

Moraes lamenta ter sido crucificado, nega querer voltar à política e agora só vai cuidar da família

lConsiderado um dos homens mais influentes de Mato Grosso nos últimos 12 anos, o ex-secretário de Estado de Fazenda e da Secretaria da Copa do Pantanal (Secopa), Eder de Moraes Dias, assegurou que não pensa mais em disputar mandato eletivo tampouco exercer cargos públicos. “É hora de cuidar da família. Prometi à minha esposa e aos meus filhos que vou ficar o máximo de tempo possível com a família”, afirmou Eder Moraes, do rol de investigados pela Polícia Federal e Ministério Público na operação Ararath – lavagem de dinheiro e agiotagem.

Mais de 10 quilos perdidos, em comparação à silhueta que exibia quando era secretário de Estado (2005-2014), ele lamentou ter sido crucificado por algumas autoridades e parte da opinião pública, sem que, em sua opinião, apresentassem provas irrefutáveis. “Eu vou trabalhar na iniciativa privada, como sempre fiz. E vou cuidar da minha”, afiançou ele, em entrevista exclusiva para a reportagem do Olhar Direto.

Depois de ter seu nome lembrado para uma candidatura à Prefeitura de Cuiabá, em 2012, e de ensaiar a disputa de uma cadeira na Assembleia Legislativa de Mato Grosso pelo PMDB, em 2014, ele avalia que perdeu o time e não dá mais. “Tem momento para tudo, na vida. E, naquela época [2014], eu estava bem posicionado no seio das bases populares e organizações sociais. Certamente, com trabalho árduo, de repente, tinha condições de me eleger”, recordou Eder.

Eder de Moraes lembrou que fez muitos amigos entre líderes do movimento comunitário e dirigentes sindicais. “Muitos vinham se oferecer para trabalhar [na campanha] voluntariamente, por fim, não vingou”, pontuou ele, sem esconder certa decepção, na voz.

O seu poder com organizações sociais se deu justamente por conta dos cargos que ocupou no período dos governadores Blairo Maggi (PR), atual senador (2003-10), e Silval Barbosa (PMDB), cujo mandato se encerrou em dezembro do ano passado.

Eder lembrou que desde 2004, quando ingressou no governo Blairo Maggi para montar a Agência de Fomento do Estado (MT Fomento), tem pouco tempo para se dedicar às coisas pessoais e que prometeu à esposa maior atenção para a família. “Qualquer agente político sabe que os familiares são os principais sacrificados no momento em que se assume um cargo público. não dá mais de agüentar [os ataques de todos os lados] à minha família e minha honra”, completou.

Eder Moraes é réu em processos criminais por entre os investigados na operação Ararath. Ele ficou preso duas vezes no Centro de Custódia de Cuiabá (CCC), por determinação do juiz Jefferson Schneider, titular da Quinta Vara Federal de Mato Grosso. Eder foi solto graças a um Habeas Corpus emitido pelo Supremo Tribunal Federal (STF), mas é monitorado por tornozeleira eletrônica.

Além do aparelho eletrônico, Éder terá de se submeter a outras medidas restritivas impostas pelo juiz Jeferson Schneider, como não manter contato com os demais investigados e réus nos processos da operação Ararath; se recolher em casa sempre durante a noite (entre as 19h e as 6h); e também terá de se recolher durante sábados, domingos, feriados e dias de folga.

Olhardireto

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