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Palocci pode ter usado ‘laranjas’ para comprar fazenda em Mato Grosso

Além de utilizar nomes de terceiros na operação, o ex-ministro também é investigado sobre possível subfaturamento no preço do imóvel.

palocciDurante coletiva de imprensa sobre a 35ª fase da Operação Lava Jato, intitulada Omertà, o auditor da Receita Federal, Roberto Leonel de Oliveira Lima, declarou que o mandado de busca e apreensão realizado na manhã desta segunda-feira (26), em Rondonópolis, ocorreu em uma fazenda possivelmente comprada pelo ex-ministro da Fazenda e da Casa Civil, Antônio Palocci (PT), em nome de “laranjas” e também com o valor abaixo do real, o que impactaria no imposto de renda.

“Nós, da Receita Federal, estamos acompanhando algumas vertentes, especificamente relacionadas à possível interposição de pessoas na aquisição de dois imóveis, principalmente, uma fazenda no Mato Grosso e um terreno na cidade de São Paulo”, disse o auditor da Receita Federal.

“Nós, da Receita Federal, estamos acompanhando algumas vertentes, especificamente relacionadas à possível interposição de pessoas na aquisição de dois imóveis, principalmente, uma fazenda no Mato Grosso e um terreno na cidade de São Paulo. Verificação também de valores transacionados nessa operação, possivelmente, há indícios de que houve subfaturamento na declaração ou na escrituração”, disse o auditor que atua nas investigações em conjunto com a Polícia Federal (PF) e o Ministério Público Federal (MPF).

De acordo com o delegado federal Filipe Hille Pace, os primeiros indícios sobre a participação de Antônio Palocci no esquema de corrupção surgiram na 34ª fase da Lava Jato, intitulada “Operação Acarajé”, onde foi encontrada uma lista de recebedores de propina da Odebrescht, em que aparecia um beneficiário denominado apenas como “italiano”. Por meio de informações repassadas por uma delatora funcionária da empreiteira, o setor de inteligência da PF concluiu que o “italiano” se tratava do ex-ministro nos governos de Luiz Inácio Lula da Silva e Dilma Rousseff, ambos do Partido dos Trabalhadores (PT).

Os primeiros pagamentos teriam ocorrido no ano de 2008, atrelados às eleições municipais, e teriam perdurado até 25 de novembro de 2013, conforme planilha encontrada no celular de Marcelo Bahia Odebrescht, presidente da empresa.

Fonte: RepórterMT

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