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PF combate fraudes em financiamentos agrícolas do BB em MT e 4 Estados

Mandados de busca e apreensão estão sendo cumpridos em SP, MG, MT, ES e GO

PFA Polícia Federal cumpre mandados de busca e apreensão na manhã desta terça-feira (31) na região de Ribeirão Preto (SP) durante a segunda fase da Operação Turbocred, que investiga supostas fraudes em financiamentos agrícolas concedidos pelo Banco do Brasil entre 2012 e 2015.

Em nota, a PF informou que os alvos da operação serão divulgados em coletiva de imprensa às 10h30, mas adiantou que, ao todo, 39 mandados de busca são cumpridos nos estados de São Paulo, Minas Gerais, Mato Grosso, Espírito Santo e Goiás.

Ninguém foi preso e não há mandados de condução coercitiva – quando a pessoa é levada para prestar depoimento – sendo cumpridos na região de Ribeirão, ainda de acordo com a assessoria da PF.

“As dilligências ocorrem em residências de tomadores de empréstimos fraudulentos, funcionários e ex-funcionários do Banco do Brasil, e de pessoas que atuaram como ‘laranjas’ nas fraudes”, diz o comunicado.

Também nota, o BB informou que colabora com as investigações e que quaisquer informações adicionais podem ser obtidas com a autoridade policial.

A Turbocred é um desdobramento da Operação Golden Boy, que prendeu cinco pessoas, entre elas dois ex-gerentes do BB, em dezembro de 2015, em Guará (SP) e Franca (SP). Na época, a PF informou que as fraudes desviaram R$ 35 milhões dos cofres públicos.

Em maio do ano passado, durante a primeira fase da Turbocred, os mesmos ex-gerentes do BB que haviam sido presos na Golden Boy e obtiveram a liberdade quatro meses depois, foram levados à sede da PF em Ribeirão para prestar mais esclarecimentos.

A Golden Boy descobriu ainda que ao menos 50 pessoas foram usadas como “laranjas”. Elas aplicavam os valores desviados no pagamento de dívidas e aquisição de bens, como imóveis e veículos. Tudo era colocado em nome de terceiros, inclusive familiares e amigos.

Segunda fase

Em nota, a PF informou que a segunda fase da Operação Turbocred foi deflagrada em função da análise de documentos apreendidos nas agências do BB em maio do ano passado.

Ao todo, foram analisadas 149 operações de financiamentos agrícolas e outras 13 modalidades de empréstimos. Segundo a força-tarefa da Turbocred, 90% dos contratos estavam irregulares.

Entre as fraudes observadas estava a obtenção de crédito para custear atividade agrícola em imóvel próprio, mas usado em imóvel arrendado a terceiros.

Além disso, os envolvidos também falsificaram cartas de arrendamento para obter empréstimos destinados ao custeio de custear atividade agrícola. O dinheiro era usado em outras finalidades.

As investigações apontam ainda o suposto pagamento de propina a funcionários do BB para a obtenção de financiamentos por meio de contas-correntes em nome de “laranjas”.

Os investigados podem responder por crimes de gestão fraudulenta, gestão temerária de instituição financeira, aplicação de recursos de financiamento em finalidade diversa, corrupção ativa, corrupção passiva, lavagem de dinheiro, falsidade ideológica e associação criminosa.

Fonte: Olhando a Notícia

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