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PM expulsa soldado condenado por assalto e tráfico

A-CópiaUm soldado da Polícia Militar foi expulso dos quadros da corporação por conduta irregular, após ser preso em companhia de traficantes de entorpecentes, em Nossa Senhora do Livramento (42 km ao Sul de Cuiabá), e ser acusado de participar de um assalto a uma fazenda em Jangada (80 km ao Norte), em 2009.

A portaria que determina a expulsão do soldado foi assinada pelo comandante-geral da PM, coronel Nerci Denardi, e publicada no Diário Oficial que circulou ontem segunda-feira (11).

“No que tange à vida pregressa do disciplinado, não foi possível acrescentar nada que lhe fosse favorável, com assentamentos que demonstram ser um policial militar que, durante a sua vida profissional, não se importou com a disciplina militar, o que deve ser considerado”, diz trecho da portaria.

De acordo com a publicação, o ex-soldado deverá ter sua identificação profissional, fardamento e apetrechos recolhidos pela assessoria jurídica da PM dentro de, no máximo, cinco dias úteis.

Caberá ao comandante do Comando Regional II, coronel Antonio Paredes, verificar se o ex-PM possui armamento de uso pessoal e incitá-lo a devolver, para encaminhá-lo à Corregedoria Geral da PM, para fins de cancelamento do porte e do registro de arma de fogo.

Denardi determina, ainda, que a Diretoria de Gestão de Pessoa tome todas as providências necessárias junto à Secretaria de Estado de Administração (SAD), para excluir o ex-soldado da folha de pagamento do Estado.

“Pelo exposto e com base nos elementos probatórios existentes nos autos, considerando as alegações de defesa, conclui-se que o disciplinado é culpado das acusações a ele imposta”, concluiu o comandante da PM, na portaria.

Consta na portaria que o soldado foi preso por uma guarnição da PM de Nossa Senhora do Livramento, em 7 de julho de 2009, quando estava em um veículo, em companhia de dois amigos e de uma adolescente, que ele saberia se tratarem de traficantes de drogas.

Dentro do carro, a Polícia encontrou um tablete de maconha.

Na ocasião, o ex-soldado foi submetido à sindicância, quando foi constatado haver indícios de crime e de transgressão disciplinar.

Na sequência, em 26 de novembro do mesmo ano, o soldado foi acusado de envolvimento em uma ação criminosa na Fazenda Nhambiquara, em Jangada. 

Conforme a publicação do Diário Oficial, ele teria participado de um roubo na localidade, tendo sido reconhecido por uma das vítimas como um dos autores.

“Percebe-se que o a conduta praticada foi movida pelo desejo de obter vantagem ilícita, valendo-se do sentimento de cobiça, utilizando-se do artifício da dissimulação, pois cometeu o crime em data que estava escalado de serviço, dificultando, assim, a descoberta de seu envolvimento nos fatos, o que demonstra que todos os atos foram praticados de forma premeditada”, diz trecho da portaria.

O processo tramitou na Justiça Criminal, sendo o ex-soldado denunciado pelos crimes de roubo, concurso de pessoas, dano e formação de quadrilha ou bando armado, todos previstos no Código Penal Brasileiro.

O soldado foi condenado, nesse caso, à pena de seis anos de reclusão e 15 dias-multa, a serem cumpridos em regime inicial semiaberto, pelos crimes de roubo qualificado, emprego de arma, concurso de pessoa e restrições de liberdade das vítimas.

“Ressalte-se que, conforme apurado, valeu-se o disciplinado de violência contra as vitimas, o que aumenta o grau de reprovabilidade de sua conduta”, diz outro trecho da portaria.

 

 

 

 

Midia News

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