Polícia encontra corpo de neto de juiz Leopoldino e prende casal
Foi encontrado nesta sexta-feira (31) o corpo de Harisson Pablo Rodrigues do Amaral, 18, neto do juiz Leopoldino Marques do Amaral, morto em setembro de 1999. O rapaz, morador do bairro CPA 2, em Cuiabá estava desaparecido desde o dia 17 deste mês. Ele foi assassinado a golpes de faca e seu corpo localizado embaixo da ponte Júlio Campos na Rodovia dos Imigrantes, em Várzea Grande, nas proximidades do Trevo de Bom Sucesso.
Pelo crime, foram presos Tiago de Souza Moraes, 29, e Atiucia da Silva Rosa, 27, que são marido e mulher. De acordo com o delegado Luciano Inácio, eles confessaram o assassinato do rapaz a facadas no dia 17 de julho. Foi o casal que levou os policais ao local onde o corpo foi desovado. Harisson foi morto na casa dos acusados, no bairro Doutor Fábio, em Cuiabá. Depois, eles utilizaram um veículo Chevrolet Onix para levar o corpo até Várzea Grande e descartá-lo embaixo da ponte.
O rapaz foi morto durante um desentendimento quando foi até a residência dos acusados devolver uma moto que estava com ele como garantia por uma dívida oriunda da venda de drogas. De acordo com o delegado Luciano Inácio, a vítima estava envolvida com o tráfico de drogas. Tiago é usuário e teria adquirido o entorpecente de Harisson, mas não teria efetuado o pagamento.
Dessa forma, explica o delegado, a suspeita é que ele ficou com a motocicleta para garantir que Tiago iria pagar a dívida. No dia do crime, ele foi ao local para devolver o veículo e houve um desentendimento. Conforme o delegado, Tiago alega que foi agredido pela vítima e por isso reagiu.
A Delegacia de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP) confirmou que se trata do corpo do neto do juiz assassinado há 16 anos. O delegado Luciano Inácio da Silva está no local juntamente com investigadores e um promotor de Justiça. O corpo foi localizado em adiantado estado de decomposição. Exames de necropsia deverão apontar quantos golpes foram desferidos contra vítima.
Investigação – As investigações começaram após o sumiço do rapaz sendo que o casal já figurava como suspeito. A DHPP pediu uma perícia no imóvel e foram detectados vestígios de sangue na casa, apesar de já ter sido lavada. A partir daí, outros detalhes da investigação reforçaram as suspeitas e o delegado representou pela prisão temporária do casal para ajudar na elucidação da caso. As prisões foram decretadas pela 12ª Criminal de Cuiabá com aval do Ministério Público Estadual (MPE).
Os mandados foram cumpridos nesta sexta-feira ocasião em que os acusados confessaram o crime apontaram o local onde jogaram o corpo. Agora, ambos serão ouvidos na DHPP e depois encaminhados para unidades prisionais de Cuiabá.
GD