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Povo Umutina realiza seminário para desenvolver turismo sustentável em seu território

Atividades acontecem com apoio da Secretaria de Estado de Cultura de Mato Grosso

A comunidade Umutina-Balatiponé, de Barra do Bugres, Mato Grosso, realiza o seminário “Turismo Umutina, para onde vamos?” de 6 a 9 de março com o apoio da Secretaria de Estado de Cultura de Mato Grosso (Secel), após aprovação do projeto no edital MT Nascente

De acordo com Isaac Amajunepá, coordenador-proponente do projeto, o objetivo é realizar a organização e experimentação da rota de vivência no território Umutina, que irá ampliar a geração de renda a partir do turismo cultural/patrimonial e ecológico na comunidade.

Ainda segundo o jovem, a comunidade já recebe anualmente grupos escolares, turistas individuais e pesquisadores, mas não mantém um projeto para usufruir dos benefícios que esta atividade econômica pode proporcionar.

“Com a Lei Aldir Blanc enxergamos a possibilidade de organizar e pensar numa estratégia de desenvolvimento de um turismo consciente e ético para a nossa comunidade, assim como na manutenção das famílias da comunidade”, afirmou Isaac.

Além da beleza natural do território, a Aldeia Central também mantém as casas históricas construídas por Marechal Cândido Rondon, na sua expedição telegráfica, que podem ser locais abertos para visitação.

Outro ponto forte do povo Umutina-Balatiponé é a transmissão de conteúdo de forma oral, que também deve ser aproveitado através da contação de histórias sobre o contato com a sociedade não indígena e todas as mazelas que vivenciaram. Além de relatar como fizeram para manter todo o conhecimento que restou do contato: as danças, cantos, pinturas e artes.

Nesse sentido, a ideia é mostrar aos visitantes como esse movimento de resistência está ligado ao território e poder levá-los também a conhecer a região através de trilhas e banhos nos riachos e rios.

Primeira visitação

Conforme Isaac, além do projeto garantir a capacitação e planejamento do plano de visitação, também irá proporcionar que um grupo possa participar da vivência na Aldeia Umutina, que será realizada até o final de março.

Por Helena Corezomaé

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