PP mira novas filiações para amenizar saídas de Fávaro e Maggi
Presidente do diretório estadual do PP, o deputado federal Ezequiel Fonseca afirmou que o partido está concentrado em aumentar sua densidade para as eleições municipais de 2016 e busca superar as saídas do vice-governador Carlos Fávaro e Erai Maggi, que decidiram migrar para o PSD.
“O PP vive de superação. Em 2011 perdemos vários filiados para o PSD em uma articulação liderada pelo então deputado José Riva. Agora, estamos lidando com a mesma situação com a saída do Fávaro. Já montamos uma estratégia para garantir a recuperação e manter o potencial político do PSD”, disse.
Conforme o parlamentar, o PP está presente em 132 municípios de Mato Grosso e fará uma campanha de filiação nos próximos meses para alcançar representatividade principalmente nas Câmaras Municipais.
“Nós perdemos lideranças, mas estamos com as portas abertas para recepcionar outras. Estamos programando filiações em diversos municípios de Mato Grosso para eleger até 200 vereadores. Ainda queremos sintonia com nossos programas destinado a juventude e as mulheres”.
Questionado se o PP planeja lançar candidatura própria a prefeito nos maiores colégios eleitorais de Mato Grosso como Cuiabá, Várzea Grande, Rondonópolis, Barra do Garças, Cáceres e Sinop, o parlamentar informou que avalia com prudência neste momento.
“Todos os partidos almejam candidatura própria, mas, precisamos saber onde tem interesses dos filiados para concorrer e quais as possibilidades de alianças partidárias nos municípios. Discutir eleição municipal neste momento é muito prematuro e qualquer lançamento de candidatura agora vejo como um ato irresponsável. Não é o que a população precisa em um momento de aguçada crise política e econômica que o Brasil enfrenta e tanto aflige a sociedade”.
Enquanto busca renascer em Mato Grosso com novas lideranças, o PP enfrenta, nacionalmente, um desgaste interno muito forte.
O partido lidera com folga o maior número de políticos investigados no Supremo Tribunal Federal (STF) pela suspeita de participação no esquema de desvio bilionário da Petrobras, conforme revelado pela Operação Lava Jato da Polícia Federal.
O pedido de investigação do procurador-geral da República, Rodrigo Janot, atinge 33 políticos do PP, sendo seis somente do Rio Grande do Sul.
Na relação também consta o presidente nacional do partido, senador Ciro Nogueira (PP/PI).