Política

Prefeitura faz uma nova proposta aos professores em greve

ssssssA Prefeitura de Cuiabá fez nova proposta de reajuste salarial aos professores e aos técnicos da rede municipal de ensino de Cuiabá, que estão em greve desde segunda-feira (31).

A Prefeitura ofereceu, nesta terça-feira (1º), o índice inflacionário solicitado mais 2,3% de reposição, que deverá ser validado a partir de janeiro de 2016.

A categoria reivindica um reajuste de 3%, somados ao índice inflacionário de 9,31%.

Na tarde desta terça-feira (1º), os servidores da rede municipal de Cuiabá realizaram protesto em frente à Prefeitura, na Praça Alencastro.

A decisão pelo início da paralisação ocorreu na tarde da última quinta-feira (27), durante assembleia realizada pelo Sindicato dos Trabalhadores do Ensino Público (Sintep) de Cuiabá.

A greve dos professores pode atingir cerca de 47 mil alunos, que deverão ficar sem aulas. Cerca de 65% das escolas e creches do município aderiram ao movimento, segundo o Sintep de Cuiabá.

A nova proposta de reajuste deverá ser avaliada pela categoria na tarde de quinta-feira (4).

O presidente do Sintep de Cuiabá, João Custódio, contou que os servidores ainda não foram notificados oficialmente sobre a proposição.

“Ainda não recebemos a proposta oficialmente. Estamos esperando recebe-la para que possamos convocar uma assembleia sobre o assunto”, disse.

Custódio declarou que o fato de a nova proposta ser inferior ao reajuste solicitado pode dificultar o final da paralisação geral.

“Solicitamos reajuste de 3%, além do índice inflacionário. Porém, devemos avaliar se essa proposta de 2,3% está de acordo com a intenção dos servidores que estão em greve”, disse.

O presidente do Sintep em Cuiabá comentou que o valor oferecido pela Prefeitura de Cuiabá, antes do início da greve, não atendia às demandas dos servidores, pois atendia somente ao índice inflacionário.

O líder dos servidores do ensino público de Cuiabá afirmou que teve dificuldades para estabelecer diálogo sobre a reposição de salário, por isso os trabalhadores decidiram por deflagrar a greve.

Outra Proposta feita pela Prefeitura aos servidores foi o reajuste de 2%, em duas parcelas, sendo 1% a partir de novembro de 2015 e outros 1% em julho de 2016, na data-base da categoria.

Despesas da Prefeitura

O secretário municipal de Educação, Gilberto Figueiredo, durante reunião entre a Prefeitura e o Sintep, na tarde de terça-feira (1º), informou que as despesas previstas para 2015, somente com a folha de pagamento da Educação, serão de R$ 238 milhões.

“Só pra se ter uma ideia, a folha de pagamento da Educação em agosto foi de R$ 23,6 milhões. Se concedermos esse aumento de 3%, serão R$ 9 milhões a mais por ano, o que vai exceder o limite”, acrescentou.

O procurador-geral Rogério Gallo afirmou que a Prefeitura entrou na Justiça com pedido de ilegalidade da greve. Ele afirmou que, conforme prevê a Lei, o Município deveria ser notificado da ação em um prazo de 72 horas.

“O que queremos é que o sindicato tenha bom senso e interrompa a greve. Notifique a prefeitura e, aí então, amparados por lei, retome a paralisação”, observou o procurador.

Protesto

A Polícia Militar estimou que 600 pessoas compareceram ao protesto dos servidores, que foi realizado de modo pacífico.

“A nossa manifestação foi para pedir que nossas reivindicações sejam atendidas e para mostrar o nosso descontentamento com a educação no município”, contou o presidente do Sintep em Cuiabá.

Os manifestantes realizaram um “apitaço” durante o movimento, além de utilizarem instrumentos sonoros como cornetas e berrantes.

Na quinta-feira (3), um novo ato de mobilização contra as condições do ensino municipal deverá ser feito em frente à sede da Secretaria Municipal de Educação.

Mídia News

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