Política

Quadrilha liderada por Silval agiu em outros crimes no Executivo, afirma MPE

dNo documento entregue pelo Ministério Público à Sétima Vara Criminal, assinado pela promotora de Justiça Ana Cristina Bardusco, há indícios sobre atos corruptos, do mesmo grupo supostamente liderado por Silval Barbosa, em outras frentes. A denúncia foi oferecida no dia 22 de setembro, em decorrência da Operação Sodoma, contra o ex-governador, os ex-secretários Pedro Nadaf e Marcel de Cursi, além de Francisco Andrade de Lima Filho, Sílvio Cezar Corrêa Araújo e Karla Cecília de Oliveira Cintra, pelos crimes de constituição de organização criminosa, concussão, extorsão e lavagem de dinheiro.

“Há indícios de que a ORGANIZAÇÃO também tenha atuado no financeiro do Executivo, realizando pagamentos indevidos ou exigindo vantagem indevida para saldar os compromissos regulares e, em outras frentes, todavia, a presente apuração concentra-se no manejo criminoso por parte da ORGANIZAÇÃO no Programa de Desenvolvimento Industrial e Comercial de Mato Grosso (PRODEIC) que a época era vinculado à antiga Secretaria do Estado de Indústria Comércio, Minas e Energia (SICME)” afirma trecho da denúncia.

A Suposta quadrilha montada, segundo o Ministério Público, para cobrar propina em incentivos fiscais por meio do Programa de Desenvolvimento Industrial e Comercial (Prodeic) foi desvendada na primeira fase da Operação Sodoma. Desdobramentos das investigações não foram descartados pela Delegacia Fazendária. No caso, o empresário Júlio Batista Rosa, dono da Tractor Partes e um dos delatores do suposto esquema, afirmou que entregou irregularmente a quantia de R$ 2,6 milhões para obter incentivo.

Na última quinta-feira (24), o delegado Lindomar Tófoli, da Delegacia Especializada em Crimes Fazendários e Contra a Administração Pública (Defaz), convocou os empresários de Mato Grosso a seguirem o exemplo do delator ouvido na Operação Sodoma.

“Eu gostaria de pedir aos empresários que porventura passaram pela mesma situação com relação ao Prodeic (Programa de Desenvolvimento Industrial e Comercial), que procurassem a Delegacia [Fazendária], que procurassem o Ministério Público, e colaborassem com as investigações. Convoco os empresários que queiram colaborar. Estaremos lá para recebê-los, para que nos auxiliem a levantar o que foi feito de errado e a punir. É uma chaga, algo que acontece de longa data, mas está aí a oportunidade que tentar fazer algo diferente, para que isso mude com o tempo. É uma quebra de paradigma”, declarou.

Olhardireto

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