Quase um ano depois, família espera que Justiça seja feita em caso de empresário morto durante roubo
A prisão de um adolescente de 16 anos pelo latrocínio do empresário Juventino Salvador de Moraes, de 58 anos, trouxe um pouco de acalento à família do empresário, que morreu ao tentar entregar a carteira contendo cerca de R$ 800 a dois criminosos. Moraes – proprietário de um supermercado no bairro Santa Isabel, recebeu um tiro no peito quando estava em uma lanchonete a cerca de 300 metros do seu estabelecimento comercial em setembro de 2014.
O garoto em questão é apontado como o autor do disparo e foi apreendido por decisão da 3ª Câmara Criminal do Tribunal de Justiça, que proveu recurso de apelação protocolizado pelo Ministério Público Estadual (MPE). Pouco após a morte de Juventino, ele chegou a ser detido e permaneceu por 45 dias aguardando decisão judicial. Após afirmar que havia agido sob coação e ameaça, ele foi colocado em liberdade.
“Mas nós entendemos que era uma afronta e o promotor Rogério Bravin recorreu. Ele foi preso pela equipe do delegado Paulo Araújo, que é bastante reduzida, mas extremamente empenhada”, explica o genro da vítima, advogado Mauro Cunha. Pelo crime, seguindo o Estatuto da Criança e Adolecsente (ECA) ele permanece em cumprimento de medida socioeducativa pelo período máximo de três anos.
Cunha também atua como assistente de acusação, no processo que tramita junta a 4ª Vara Criminal de Cuiabá , que possui como réu Jorge Luiz Assis Bastos, 24 anos, o ‘Careca’. Ele era conhecido da vítima e, inclusive, recebeu ajuda do empresário pouco depois de sair da cadeia por responder a processo por assassinato do advogado Diego Padilha de Oliveira, em 2012.
“Há dez meses e uma semana perdemos o senhor Juventino. A família sempre acompanhou a investigação e nunca deixamos de acreditar na Justiça”, afirma Cunha.
O catarinense Juventino deixou seis filhos, de dois casamentos, e um mercado que fundou há mais de vinte anos, hoje emprega 38 funcionários, todos moradores da região do Santa Isabel. A família aguarda agora o julgamento de outros três envolvidos no caso. Um deles emprestou a arma e o outro a moto para a empreitada criminosa.
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