River passeia no Mineirão, faz três no Cruzeiro e avança na Libertadores
Com gols de Sánchez, Maidana e Téo Gutierrez, time argentino não toma conhecimento de um apático adversário, mesmo diante de mais de 50 mil torcedores.
O sonho de chegar às semifinais da Taça Libertadores se transformou num terrível pesadelo para o Cruzeiro. Jogando num Mineirão lotado, o time brasileiro foi humilhado pelo River Plate. Perdeu por 3 a 0, sem ver a cor da bola. Os argentinos foram superiores durante todo o jogo, atuando de forma inteligente e envolvente, sem permitir aos brasileiros qualquer tipo de reação.
A vantagem obtida pelo Cruzeiro na partida de ida não serviu para nada. O 1 a 0 feito no Monumental de Nuñez foi revertido já no primeiro tempo do Mineirão, quando o River marcou dois gols, com Sánchez e Maidana. Na etapa final, os argentinos cadenciaram o jogo, ampliaram o placar o Téo Gutierrez e confirmaram um lugar entre os quatro melhores times da América do Sul. O público pagante foi de 54.898, que proporcionou uma renda de R$ 3.646.216,00.
Fora da Libertadores, agora o Cruzeiro volta suas atenções para o Campeonato Brasileiro, onde a equipe busca sua primeira vitória. No domingo, o time vai até Florianópolis para encarar o Figueirense, às 18h30 (de Brasília), no Estádio Orlando Scarpelli.
A postura tática do River Plate foi bem diferente da que o time usou em Buenos Aires. Mais organizado e compactado em campo, o time argentino começou melhor e envolveu o Cruzeiro completamente, desde a postura defensiva até a marcação no campo de ataque. A consequência natural era que o River abrisse o placar, o que aconteceu aos 19 minutos, com Sánchez. O meia recebeu a bola na área de Téo Gutierrez, sem marcação, e bateu rasteiro, para vencer Fábio.
O Cruzeiro não conseguia se achar em campo. A distância entre os setores do time eram imensas, o que dificultava o bom toque de bola e a criação de jogadas. Melhor para o River Plate, que fazia o que bem entendia do jogo e tornou o segundo gol uma questão de tempo. Aos 44 minutos, Ponzio cobrou escanteio na cabeça do zagueiro Maidana, que testou na gaveta. O arremedo de time que era o Cruzeiro pareceu satisfeito por ter tomado só dois gols no primeiro tempo.
Na etapa final, o Cruzeiro foi para o abafa, correndo atrás de uma diferença que parecia improvável de ser tirada. De improvável passou a impossível, logo aos seis minutos, quando Téo Gutierrez fez o terceiro. O atacante colombiano passou por Bruno Rodrigo como quem rouba um doce de uma criança, e fuzilou Fábio, que nada pôde fazer.
Daí pra frente, o River apenas administrou a larga vantagem construída. O irreconhecível Cruzeiro correu muito, mas nada conseguiu fazer, diante de um adversário que se mostrou extremamente superior.
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