Servidores públicos federais de MT entram em greve por tempo indeterminado
Os servidores públicos federais de Mato Grosso iniciaram na última segunda-feira (03) uma greve geral. A paralisação foi decidida por unanimidade na assembleia do último dia 27, em resposta ao governo federal, que fez oferta de reajuste de 21,3% escalonada em 4 anos. A proposta é considerada pelos manifestantes como ‘indecente’. Eles reivindicam 27,3% em uma única parcela.
A categoria enviou ainda uma contraproposta de índice de reajuste linear foi feita pela categoria, de 19,7%, a ser paga em 2016, porém, não houve uma resposta positiva por parte do Executivo. Com o objetivo de intensificar a mobilização, o Sindicato dos Servidores Públicos Federais no Estado de Mato Grosso (Sindsep-MT), está realizando reuniões com servidores dos 31 órgãos que fazem parte da base do sindicato.
Os membros do sindicato já visitaram o Ministério da Saúde, Funasa, Dsei e o Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa) na última segunda-feira. Hoje (04), o Comando Estadual de Greve terá reuniões com servidores da SRTE, DNIT, DNPM e AGU. A intenção é estudar as diretrizes a serem tomadas, principalmente em relação ao fortalecimento do movimento paredista e a criação de CG nos órgãos.
Na quinta-feira (06), os servidores prometem se reunir na Praça Alencastro, centro de Cuiabá, a partir das 9h30, para uma manifestação contra a política fiscal do governo Dilma e cobrar efetividade nas negociações das pautas especificas, sem condicionamento ao aceite da proposta de reajuste parcelado; melhoraria nos reajustes dos benefícios, com isonomia dos benefícios entre os servidores dos três poderes; negociação efetiva em relação a política de negociação salarial permanente; data base e a reafirmação, na mesa de negociação, da pauta aprovada no início do ano pelo Fórum das Entidades Nacionais dos SPF, em reunião ampliada da campanha salarial 2015, entre outros pontos.
O Sindsep representa 12 mil servidores do Poder Executivo Federal em Mato Grosso, entre ativos e inativos. A expectativa do presidente do Sindsep, Carlos Alberto de Almeida, é que 70% dos ativos possam aderir à greve, paralisando as atividades em cerca de 20 órgãos: “Chega de ficar brincando de assinar papel aqui, acolá, uma ladainha que não chega a lugar nenhum. Vamos construir essa greve, mais ampla que a de 2012, quando praticamente paralisamos o país”.
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