Política

Silval é ‘atabalhoado’ e paga valor ‘excessivo’ no MT Integrado, diz Pagot

O preço por quilômetro de asfalto pago pelo governo Silval Barbosa (PMDB), no Programa MT Integrado, “é excessivo e está praticamente o dobro do valor médio que deveria ser pago”.

A afirmação é do ex-diretor-geral do Dnit (Departamento Nacional de Infraestrutura e Transportes) Luiz Antonio Pagot, em ato partidário do PTB, no fim de semana.

Na avaliação de Pagot, que em 2014 pretende disputar um cargo eletivo, que pode ser o de deputado federal ou algum majoritário, o governo Silval está “atabalhoado”, ao não fazer com que seus secretários descentralizem a gestão.

Marcos Lopes/HiperNotícias
Silval é ‘atabalhoado’ e paga valor ‘excessivo’ no MT Integrado, diz Pagot

Pelos cálculos de Pagot, que também já foi secretário de Infraestrutura do primeiro governo Blairo Maggi (PR), a média de preço não passaria de R$ 550 mil o quilômetro de asfalto. “Há rodovias que está se pagando um milhão e trezentos a um milhão e quatrocentos mil reais”.

Pagot disse que considera importante o empréstimos de R$ 1,5 bilhão contraído pelo governo para o MT Integrado, “mas com um pouco mais de sabedoria esse dinheiro daria para se fazer muito mais por Mato Grosso”.

Luiz Pagot também acusou o governo do Estado de executar o MT Integrado sem um projeto executivo.

“As rodovias precisam ter um projeto executivo e licenças ambientais, não se faz esse tipo de trabalho sem esse projeto. Isso é um trabalho para o Ministério Público e para o Tribunal de Contas”, provocou.

COMPARAÇÃO

O ex-diretor fez comparação com o trabalho realizou pelo governo do Estado na época da gestão Maggi, quando o quilômetro custava de R$ 275 a R$ 350 mil e “com isso implantamos mais de dois mil e quatrocentos quilômetros de asfalto em rodovias. E hoje, já com correção, não passaria do preço médio de R$ 550 mil, incluindo os bueiros e as pontes”.

Ele alegou que é impossível fazer comparação entre os preços dos quilômetros feitos em rodovias estaduais e federais.

“Elas têm características diferentes. Na rodovia federal pode até custar R$ 1, 2 milhão o quilômetro, mas na federal passam até nove veículos por dia, enquanto que nas estaduais trafegam de 500 a 1000”, diz.

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Governador do Estado, Silval Barbosa é acusado de realizar MT Integrado sem projeto

A proposta do governo Silval Barbosa é interligar 44 municípios por pelo menos uma via asfaltada.

MAIS CRÍTICAS

“Outro dia vimos a cena patética do ex-líder do governo, Romoaldo Júnior (PMDB) pedir para que os secretários e adjuntos fossem conhecer as obras do interior, como se fosse preciso pedir isso. Secretário não pode ficar somente no gabinete”, alfinetou.

Pagot ainda citou a dificuldade das empresas licitadas para as obras do MT Integrado, pois “os empreiteiros ganharam a licitação, mas cadê os empenhos para poder trabalhar?”.

GOVERNO SILVAL

A reportagem fez algumas ligações para o telefone do secretário de Transportes e Pavimentação Urbana, Cinésio de Oliveira. Mas elas caíram na caixa postal. A assessoria de Imprensa ficou de intermediar o contato com o secretário, o que não ocorreu até a edição da matéria.

Porém, HiperNotícias conversou, também por telefone, com o líder do governo na Assembleia Legislativa, Jota Barreto (PR), que negou haver preço excessivo no asfalto do MT Integrado, mas afirmou que somente a secretaria de Transportes pode dar esses dados com precisão.

“Eu desafio o Pagot a trabalhar por Mato Grosso e não contra o Estado, esse é apenas um discurso político com teor eleitoral. Se ele gostasse do Estado, ele procuraria a secretaria para discutir essas questões técnicas”, rebateu Barreto.

 

 

 

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