Política

TJ reconsidera decisão e vereadores já podem votar cassação de Emanuel

3aa652c255089b4113e0c90fb87c8e6eA desembargadora Maria Aparecida Ribeiro, da Terceira Câmara Cível do Tribunal de Justiça, proferiu decisão em caráter liminar no fim da tarde desta quarta (23) em que autoriza a Câmara de Cuiabá a realizar a sessão de julgamento do pedido de cassação do mandato do vereador João Emanuel (PSD) por quebra de decoro feito pela Comissão de Ética. A ordem judicial foi motivada  por  solicitação de reconsideração de  decisão anterior da magistrada, na qual a apreciação havia sido suspensa devido ao argumento do advogado do ex-presidente,  sustetando que  ele foi privado do direito de ampla defesa  no processo de investigação interna.

Na decisão de ontem (23) , a magistrada  afirmou que reconsiderou a ordem proferida anteriormente porque, embora o ex-presidente da Casa negasse, “que foi colacionada aos autos prova suficiente de que o agravado [João Emanuel] teve conhecimento do vídeo objeto da celeuma vários dias antes do protocolo de seu pedido de reconsideração e da sessão”, diz trecho. Ela também sustenta ter sido induzida ao erro pela defesa do parlamentar.

Agora, de acordo com o Regimento Interno, o Legislativo tem o prazo de 24h para convocar uma sessão extraordinária para votar a cassação do social-democrata. São necessários 13 votos para que ele perca o mandato. O presidente da Câmara, vereador Júlio Pinheiro (PTB), já havia adiantado que, assim que a Justiça autorizasse a realização da apreciação, convocaria os colegas parlamentares. Deste modo, respeitando as regras regimentais, a votação deve ocorrer já na próxima sexta. Ao Rdnews, o relator da Comissão de Ética, vereador Ricardo Saad (PSDB), disse que, se não for realizada no último dia desta semana, deve ficar para a próxima segunda (28).

João Emanuel é acusado de chefiar um esquema de fraude em licitações, desvio de dinheiro público e falsificação de documentos no âmbito do Legislativo municipal. A ilegalidade foi descoberta após a deflagração da Operação Aprendiz, pelo Ministério Público, no fim do ano passado. A principal prova contra o vereador é um vídeo em que aparece negociando vantagens em certames da Câmara com uma empresária do setor gráfico. Na gravação, ao explicar como fraudar licitações, ele chega a chamar os colegas parlamentares de “artistas”.

 

RD News

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