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Ex-prefeito, marido de prefeita é preso em operação da PF contra desvio de dinheiro em MT

Odoni Mesquita Coelho é acusado de fraudar licitação durante a gestão dele. Também foram cumpridos quatro mandados de busca e apreensão no município.

A Polícia Federal prendeu nesta quinta-feira (21) o ex-prefeito de Torixoréu, a 577 km de Cuiabá, Odoni Mesquita Coelho, que é marido da atual prefeita Inês Coelho (PP), em uma operação contra desvio de recursos públicos por meio de fraudes em licitações. O G1 tenta localizar o advogado dele.

Além do mandado de prisão, foram cumpridos quatro mandados de busca e apreensão no município.

Os mandados foram cumpridos no prédio da prefeitura, em um imóvel rural adquirido com recursos desviados do município, em um escritório e na residência do principal alvo.

A operação “Pedra Preta” tem a participação de 15 policiais federais.

As ordens judiciais foram expedidas pela Justiça Federal de Barra do Garças, a 516 km de Cuiabá.

Odoni Mesquita é o principal investigado. As investigações começaram em 2015 para apurar os crimes de peculato, omissão na prestação de contas de recursos federais, fraude em licitação, lavagem de dinheiro e organização criminosa.

Conforme a PF, o ex-prefeito fraudou licitação e desviou recursos de convênio da administração municipal, pagando a uma empresa contratada cerca de R$ 600 mil sem que qualquer obra tivesse sido realizada até fevereiro de 2015.

O suspeito contratou outra empresa e adquiriu diretamente os materiais e insumos necessários ao início da execução da obra, sem licitação, custeando o serviço com recursos diversos do convênio, inclusive com recursos próprios da prefeitura.

Com os valores desviados, o investigado comprou um imóvel rural de R$ 700 mil e colocou em nome de “laranja”, consumado o crime de lavagem de dinheiro diante da ocultação e dissimulação e integração dos valores obtidos em razão dos crimes de peculato anteriormente comprovados.

O agente público já foi indiciado em outros dois inquéritos da PF pelo desvio de recursos federais, por meio de pagamentos de obras não realizadas na mesma época.

Em 2016, a Justiça mandou bloquear os bens de Odoni, à época prefeito afastado, sob a acusação de gastos incompatíveis com combustível.

G1-MT

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