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Delegado fala sobre o assalto mal sucedido no BB de Tangará

330707A tentativa de roubo frustrada a uma das agências do Banco do Brasil em Tangará da Serra, que resultou na morte de Everton Carlos da Silva, de 23 anos, chamou a atenção da população tangaraense nesta quinta-feira (25).

Como já publicado pela reportagem do Tangará Online, familiares relataram que as dificuldades do jovem relacionadas ao desemprego e problemas de saúde, o levaram para o irreversível caminho das drogas e, consequentemente, da morte através do ato de descontrole.

Após a divulgação das possíveis motivações do crime que culminou na morte do jovem, a repercussão foi imensa nas redes sociais, dividindo opiniões. O fato é que a interpretação social do caso, pode ser diferente da interpretação da lei.

O delegado responsável pelo caso, Dr. Edmar Faria Filho, falou sobre a complicada situação por meio de entrevista coletiva concedida à imprensa. Confira na íntegra:

A ação

Assalto no BB de TGA (6)“Pelas declarações que foram colhidas e pelas imagens que foram analisadas, aparentemente, trata-se de uma tentativa de furto mal sucedida. Ainda não foi possível precisar se há participação de outras pessoas nesse evento, mas estamos analisando todos os detalhes e o que pôde ser observado é que uma pessoa estava aguardando os seguranças da empresa entrar no banco. Assim que eles entraram, essa pessoa agarrou um malote e tentou puxar com bastante força e nisso gerou a reação dos seguranças que acabaram ocasionando essa morte. Não foi encontrado nenhum tipo de arma com o suspeito.”

Possíveis comparsas

“Há informações dos próprios vigilantes de que haveria duas pessoas em atitude suspeita no estacionamento do banco. Estamos analisando as imagens, mas até o presente momento, não localizamos essas pessoas descritas.”

Quantidade de disparos

“Os vigilantes estavam bastante nervosos e os números não são exatos. Nós só saberemos exatamente quantos disparos atingiram o suspeito e quantos erraram, após os trabalhos da perícia e os trabalhos do IML. Os seguranças já foram ouvidos.”

Passagens pela polícia

“Ele (Everton) já tem histórico policial por uso de drogas e pequenos furtos. Não temos a informação se ele fazia parte de alguma quadrilha.”

Imagens do circuito interno da agência

“Pelo o que deu para visualizar, o rapaz que tentou pegar o malote rapaz estava atrás da pilastra já aguardando a entrada dos seguranças. Assim que o segurança que estava com o malote adentrou o banco, esse rapaz agarrou à força o malote e tentou puxar com violência e isso gerou a reação dos seguranças que efetuaram os disparos contra o suspeito que caiu no local já aparentemente sem vida. A partir daí instalou-se um tumulto no banco, as pessoas começaram a correr e gritar e em decorrência desse tumulto, outras pessoas se machucaram.”, concluiu.

Os seguranças, que têm autorização tanto para portarem armas, quanto para utilizá-las em casos de necessidade, aguardam pelos procedimentos jurídicos. O intrigante é que perante a lei, ao mesmo tempo em que os autores dos disparos podem responder por homicídio doloso, quando há intenção de matar (Art. 121,caput), por terem atirado no homem desarmado, podem ser absolvidos por terem agido em exercício da função (Art. 121, §1º do código penal)

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