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Juiz nega absolvição a Eder Moraes e empresários

cccccO juiz Jeferson Schneider, da 5ª Vara Federal em Mato Grosso, negou pedido de absolvição sumária proposto pelo ex-secretário de Estado Eder Moraes e pelos empresários Genir Martelli e Marcio Luiz Barbosa, que atuam no ramo de transportes.

A decisão foi proferida na última quarta-feira (30) e é relativa ao esquema investigado na Operação Ararath.

Eles foram denunciados pelos crimes de lavagem de dinheiro, corrupção ativa e corrupção passiva e teriam montado esquema que concedeu benefícios fiscais indevidos na ordem de R$ 192 milhões às empresas de Martelli e Barbosa.

Conforme o magistrado, a situação de Eder e dos empresários não se enquadra em nenhuma das circunstâncias que permitiriam a absolvição sumária, como a extinção da punibilidade e a existência de algum fator que poderia excluir a culpa de ambos nos fatos denunciados.

“Ante o exposto deixo de absolver sumariamente os acusados Eder de Moraes Dias, Genir Martelli e Marcio Luiz Barbosa, tendo em vista não estar presente qualquer hipótese do art 397 do Código de Processo Penal”, decidiu Schneider.

Esta é a quarta ação relativa à Ararath em que o ex-secretário Eder Moraes tenta a absolvição sumária e tem o pedido negado pelo juiz.

O esquema

Segundo o Ministério Público Federal (MPF), que propôs a denúncia em março deste ano, o esquema começava na Casa Civil, onde o então secretário de Estado Éder de Moraes articulava a concessão de benefícios fiscais.

O crédito fiscal era posteriormente abatido pelas empresas no pagamento no Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS). Foram concedidos incetivos fiscais na ordem de R$ 192 milhões de reais às empresas Martelli Transportes, Transportes Panorama, Transoeste Logística e Transportes do Oeste.

Como recompensa ao grupo político envolvido no esquema, conforme a denúncia, os empresários repassavam parte do valor recebido como crédito fiscal às empresas ligadas ao emresário Júnior Mendonça – delator do esquema – para quitar ou abater do valor total das dívidas do grupo político representado por Éder de Moraes.

Todo o enredo dos supostos crimes praticados pelo grupo tem como pano de fundo crimes contra o sistema financeiro nacional, em que factorings e outras empresas alimentam o grupo com recursos ilícitos obtidos por meio de empréstimos concedidos por bancos clandestinos, isto é, empresas que não têm autorização do Banco Central brasileiro para operarem como instituições financeiras.

Mídia News

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