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Índio é baleado no peito e morador leva flechada após confronto em MT

Indígena de 19 anos foi socorrido pelo Samu ao Pronto-Socorro de Cuiabá.
Índios faziam pedágio e moradores começaram bloqueio no mesmo trecho.

indiosUm índio da etnia Enawenê-nawê e um morador ficaram feridos durante um confronto entre indígenas e moradores neste sábado (24) na MT-170, em Brasnorte, a 580 km de Cuiabá. De acordo com a Polícia Militar e a Polícia Civil, de um lado, um grupo de indígenas fazia cobrança de R$ 100 sobre a ponte do Rio Juruena, entre Juína (a 737 km da capital) e Brasnorte.

Do outro lado, já na saída de Brasnorte, um grupo de moradores e caminhoneiros se reuniu e bloqueou a rodovia como forma de protesto ao pedágio feito pelos índios. Os moradores alegaram à polícia que o pedágio estava afetando as duas cidades.

Os indígenas souberam do bloqueio e percorreram 100 km para chegar ao local. Houve um desentendimento entre parte dos dois grupos, onde um indígena foi baleado no peito e um morador levou uma flecha no ombro.

A PM foi chamada ao local após o confronto. A suspeita é que alguma pessoa tenha quebrado o vidro da caminhonete usada pelos indígenas, iniciando a confusão.

O tiro teria partido de um dos moradores e caminhoneiros que participavam do ato. O morador foi socorrido para o hospital municipal de Brasnorte e liberado logo em seguida.

Já o indígena, que teria 19 anos, foi atendimento pelo Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu) e levado para o mesmo hospital. Por ter o estado de saúde considerado mais grave, os médicos preferiram encaminhar o índio ao Pronto-Socorro Municipal de Cuiabá (PSMC). O atual estado de saúde dele não foi informado.

O confronto será investigado, inicialmente, pela Polícia Civil de Brasnorte. Não há informações de novos bloqueios ou pedágios neste domingo (25).

Pedágio
Os índios querem que o governo faça a manutenção da estrada que dá acesso à aldeia. Em carta divulgada pelos indígenas, eles dizem que o governo do estado não cumpriu promessa de melhorar a estrada que dá acesso à comunidade.

Segundo os índios, essas más condições impedem atendimentos importantes, em especial os emergenciais de saúde. De acordo com os indígenas, em junho deste ano, a Secretaria de Infraestrutura e Logística (Sinfra-MT) e a Casa Civil foram até a região, reuniram-se com representantes da etnia e teriam se comprometido a fazer o cascalhamento da estrada em julho de 2015. Porém, isso ainda não foi feito, afirmam os índios.

Por meio da assessoria, a Sinfra-MT informou que tem conhecimento da situação e que tem acompanhado de perto as negociações com os índios para resolver o problema.

G1-MT

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