Política

Advogados apostam em liberdade a Riva

Tem gente apostando que o ex-deputado José Riva, preso na operação Imperador, deverá deixar a prisão nesta semana, após mais de 100 dias atrás das grades. É que termina a instrução processual da ação que gerou a prisão de Riva, mas existem outras dezenas que estão na “mira” do Gaeco (Grupo de Apoio e Combate ao Crime Organizado) e que podem fazer com que o ex-presidente da Assembleia Legislativa de Mato Grosso continue atrás das grades.

FolhaMax

 

José Riva e mais dois deputados depõem à justiça nesta terça

O ex-deputado será interrogado pela justiça nesta terça-feira em investigação de desvio de verbas da Assembleia Legilativa

Há quase três meses preso no Centro de Custódia de Cuiabá (CCC), o ex-deputado José Geraldo Riva (PSD) depõem nesta terça-feira (09) no Fórum da capital. O ex-presidente da Assembleia legislativa é acusado de ser o ‘cabeça’ em um esquema de desvio de R$ 60 milhões dos cofres públicos, no caso que ficou conhecido após a deflagração da Operação Imperador.

Riva está preso desde o dia 21 de fevereiro e responde 26 vezes pelos crimes de peculato e formação de quadrilha. Além dele a juíza, Selma Rosane Brandão, responsável pelas oitivas do caso deverá interrogar os deputados Wagner Ramos (PR) e Pedro Satélite (PSD). Os deputados irão falar na condição de testemunhas de defesa de Riva.

Desvios na AL

O Grupo Especial Contra o Crime Organizado (Gaeco) desvendou o esquema de desvio de dinheiro público na Assembleia Legislativa de Mato Grosso. O ex-deputado Jose Riva (PSD), que deteve mandato por 20 anos, chegando a ocupar os cargos de secretário e presidente do parlamento, é apontado como líder da organização que teria desviado mais de R$ 60 milhões dos cofres públicos com falsas aquisições envolvendo cinco empresas do ramo de papelaria, todas de “fachada”.

Para se ter uma ideia, em apenas um ano essas empresas venderam mais de 30 mil toners à Assembleia Legislativa que, na época dos fatos, contava com apenas 150 impressoras.

A prática reiterada e a gravidade dos crimes praticados foram os principais argumentos apresentados pelo Gaeco para garantir a prisão preventiva do ex-parlamentar, cujo mandado foi cumprido neste sábado.

Consta na denúncia, que a organização criminosa fraudou, nos últimos anos, a execução de contratos licitatórios na modalidade carta convite, pregão presencial e concorrência pública, visando a aquisição simulada de material de expediente, de consumo e artigos de informática. Durante as investigações, foi constatado que os materiais adquiridos não foram entregues, embora servidores tenham atestado as notas de recebimento e a Assembleia Legislativa tenha efetuado os pagamentos.

CircuitoMT

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