Política

Vontade política do Brasil e China vai tirar ferrovia do papel, diz Pedro Taques

taquesAs tentativas negociais entre os governos do Brasil e da China sinalizam que a ferrovia transcontinental tem condições reais de ser construída ligando o Brasil e o Peru aproximando o mercado da América do Sul com a China diretamente pelo oceano Pacífico. Recepcionando o embaixador da China, Li Jinzhang, e comitiva de empresários em Mato Grosso nesta terça-feira (09.06), Taques avalia que este é o momento de tirar projetos do papel.

“O mais importante aqui, como o embaixador fez referência, é a vontade política da China neste empreendimento. Essa vontade política do governo chinês e do brasileiro já manifestada pela presidente Dilma move montanhas e faz a construção de túneis pela cordilheira. Tenho certeza que essa vontade política é que vai mover a ferrovia, fazê-la sair do papel”, disse o governador.

Junto com os Estados de Rondônia e Acre, Pedro Taques lidera uma comitiva formada pelo embaixador da China no Brasil e 23 empresários e diretores de empresa de construção pesada, bancos de investimentos chineses e membros da embaixada.

Nesta segunda-feira (08.06), Pedro Taques, o vice-governador de Rondônia, Daniel Pereira, a vice-governadora do Acre, Nazaré Araújo, e os senadores de Rondônia, Assis Rauph e Acir Gurgacz, assinaram, em Ji-Paraná (RO), um protocolo prevendo que os três estados vão buscar condições de cooperação entre si, reunindo informações técnicas e esforços políticos em prol da efetivação da parceria Sino-Brasileira para a construção da ferrovia.

Pelo pré-projeto, a ferrovia irá sair de Mato Grosso, no município da Lucas do Rio Verde, passando por Rondônia e Acre até chegar ao Peru. Esse trajeto irá encurtar a distância para escoamento da produção do país para países do oriente.

O embaixador da China no Brasil também destacou que, apesar da rodovia ser sonhada há décadas, nunca o ambiente foi tão propício para a concretização do projeto.

Para Li, o projeto da ferrovia vai trazer benefícios socioeconômico para a região, vai promover o desenvolvimento mais equilibrado das regiões do Brasil, bem como a integração física da América Latina. Além disso, irá encurtar distâncias com a região da Ásia, possibilitando mais intercâmbios e cooperações econômicas e comerciais.

“Primeiramente temos a vontade política. Segundo, a ferrovia é viável tecnicamente. O terceiro ponto é que teria benefícios para todas as partes, por isso é totalmente viável”, disse o embaixador.

Acordos

A presidente Dilma Rousseff e o primeiro-ministro da China, Li Keqiang, assinaram no dia 19 de maio um plano de cooperação com 35 acordos entre os dois países. Entre eles está o que trata de estudos de viabilidade para a construção da chamada Ferrovia Transoceânica.

“A ferrovia vai cruzar o país de leste a oeste, portanto, o continente, porque ligará o Oceano Atlântico ao Pacífico. É um novo caminho que se abrirá para a Ásia, reduzindo distâncias e custos. Um novo caminho que nos levará diretamente ao Pacífico, até os portos da China”, explicou Dilma, após a assinatura de acordos com o chinês, em reportagem divulgada pela Agência Brasil.

Segundo Dilma, os atos assinados entre os dois governos representam investimentos de US$ 53 bilhões e abrangem áreas de planejamento estratégico, infraestrutura, transporte, agricultura, energia, mineração, ciência e tecnologia, comércio, entre outras.

Secom/MT

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