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Ex-governador desiste de anular Ararath no Supremo Tribunal Federa e reforça tese de delação

594cca36d882ba4b972ba1f238115bb4O ex-governador Silval Barbosa (PMDB) desistiu no último dia 09 de uma ação que havia protocolado em 2014 no Supremo Tribunal Federal (STF) para tentar anular a “Operação Ararath”, que teve como objetivo desbaratar uma organização criminosa que praticava crimes contra o sistema financeiro nacional e lavagem de dinheiro em Mato Grosso. Silval Barbosa teve a prisão preventiva convertida em domiciliar desde o último dia 13 na “Operação Sodoma”, que apura diversas fraudes contra os cofres públicos durante a gestão do peemedebista que decidiu confessar os supostos ilícitos.

O grupo criminoso, que seria liderado por ele, praticou crimes como lavagem de dinheiro, fraudes em licitações e pagamentos de propinas. Na Ararath, deflagrada em 2013, Silval é apenas investigado por suspeita de participação nos esquemas contra os cofres públicos.

Em 20 de maio de 2014, ele chegou a ser alvo de um mandado de busca e apreensão, em seu apartamento, e acabou sendo preso no mesmo dia, pois agentes da Polícia Federal encontraram uma arma de fogo na casa dele, durante a operação. No mesmo dia, ele foi liberado após pagar fiança de R$ 100 mil.

Ainda durante o período em que liderava o Executivo estadual, Barbosa decidiu recorrer ao STF para solicitar que a Ararath fosse anulada. O procedimento tramitou em segredo de Justiça e a defesa dele apontou erros processuais, para justificar a solicitação.

No entanto, os advogados do ex-governador nunca detalharam os motivos alegados ao STF, pois sempre mencionaram que não poderiam dar mais informações sobre o pedido, em razão de tramitar em segredo. A responsável pelo procedimento era a ministra Rosa Weber, que realizou os trâmites relacionados ao pedido para anular a operação até este mês, quando nova defesa de Silval desistiu da ação.

A desistência de Silval em prosseguir com o processo reforça a tese de que o ex-governador fechou um acordo de colaboração premiada junto a Procuradoria Geral da República. O procedimento foi feito junto aos procuradores em razão de envolver pessoas com prerrogativa de foro.

A defesa do peemedebista, porém, não confirma se ele está fazendo acordo para revelar os esquemas criminosos no Estado durante sua gestão e também em períodos anteriores. Informações dão conta que Silval teria citado um atual senador da República, um ministro e ainda quatro dos oito deputados federais.

Fonte: VINÍCIUS LEMOS-Folhamax

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