Mano se defende e justifica mau futebol: falta de água em vestiário
Mano Menezes foi muito criticado por suas declarações após o fraquíssimo empate por sem gols entre Corinthians e Coritiba no último domingo, quando pediu o fim da utilização daCopa do Mundo como parâmetro de avaliação para os jogos do Campeonato Brasileiro. No CT alvinegro, defendeu-se dos questionamentos, citando até as dificuldades da entrevista concedida no Couto Pereira.
“É importante a pergunta, porque pegam uma fala pós-jogo e levam para outra direção. Primeiro, não acho que não devamos buscar jogar um futebol melhor, trabalhamos todo dia para isso. Se os comentaristas derem uma olhadinha para trás, para o que falei há três anos, verão que falei que existia uma defasagem e que deveríamos trabalhar para tirar essa diferença”, iniciou o técnico.
“Ao que eu estava me referindo no domingo é que existem algumas diferenças que são normais. Não adianta a cada jogo queremos descontar essa diferença grande que existe e cobrar uma coisa que ainda não se pode dar. Por exemplo, no jogo de domingo, existiu uma série de diferenças que poderiam ser facilmente observadas”, acrescentou o gaúcho.
As tais diferenças observadas por Mano estavam dentro e fora de campo. O gramado do Couto Pereira apresentava problemas óbvios, que realmente atrapalharam a qualidade do embate entre Coritiba e Corinthians, um justíssimo 0 a 0. Nos vestiários do estádio da capital paranaense, de acordo com o comandante alvinegro, a situação não era muito diferente.
“Existia um lago dentro do campo. A grama estava mais alto. Então, o jogo fica mais lento. Vários jogadores cometeram erros técnicos até grosseiros, foram expostos em programas esportivos, e não era culpa deles. Aquilo você não vê na Copa, porque as coisas são cuidadas em todos os aspectos”, comentou o gaúcho, pausadamente, na confortável sala de imprensa do CT corintiano.
“Não sei se vocês viram onde foi a entrevista no domingo. Era um banheiro velho, não tinha cadeira, estavam todos de pé. Isso também influi na entrevista, na vontade de falar. É todo um pacote. Quando fomos tomar banho, não tinha água. Isso está no pacote. Não dá para pegar, o time e o jogo, isolar e querer que tudo saia perfeito sem estrutura”, afirmou.
De acordo com Mano, “foi isso, até pela falta de condição”, que ele não havia conseguido explicar em Curitiba. Ele se mostrou particularmente irritado que se apontem os dedos para os técnicos em um momento de crise do futebol brasileiro. “Tem muita coisa que é de quinta categoria, todos temos que melhorar. Não adianta pegar uma classe de bode expiatório.”