Polícia deflagra operação para combater corrupção no Intermat
A operação é comandada pela delegada Alexandra Fachone e mira corrupção no Intermat
Policiais da Delegacia Fazendária realizam neste momento uma operação na sede do Intermat (Instituto de Terras de Mato Grosso). Os policiais cumprem mandados de busca e apreensão no local.
Não foram confirmados se existem mandados de prisão contra servidores do órgão. As investigações apuram sumiço de documentos relacionados ao órgão, principalmente processos de regularização fundiária em áreas urbanas e rurais.
Durante o cumprimento do mandado, os policiais encontraram alguns documentos “suspeitos” na gaveta do chefe dos Recursos Humanos do órgão, Donizete Senna. Os papeis, segundo informações, estavam na sala da presidente do órgão, Luciane Bezerra, e, misteriosamente, foram encontrados na gaveta do servidor.
Donizete chegou a ser encaminhado a Delegacia Fazendária. Ele já foi liberado após prestar esclarecimentos.
Segundo as informações, a operação foi deflagrada porque a Polícia Civil está encontrando dificuldades em obter documentos junto ao órgão. Denúncias apontam que um grupo de servidores estaria destruindo provas que comprometem as ações do Intermat em gestões passadas.
Para se ter ideia, dias atrás, documentos foram levados de dentro do órgão sem nenhuma porta ter sido arrombada. No entanto, os papeis foram localizados na sala de um dos servidores.
Em entrevista ao FOLHAMAX, o secretário-adjunto de Segurança Pública, Fábio Galindo, afirmou que a operação pode ter novos desdobramentos e revelar um grande esquema que causou prejuízo aos cofres públicos. “O Intermat é um dos pontos sensíveis da corrupção no Estado de Mato Grosso”, declarou o secretário, não descartando a realização de prisões.
Tão logo assumiu o mandato, o governador Pedro Taques (PDT) já insinuou a existência de fraudes no Intermat. Ele citou a venda da área do colégio José Magno, no bairro Goiabeiras, por preço inferior ao de mercado, além de uma doação de área de R$ 7,5 milhões a Igreja Assembleia de Deus. “Mato Grosso se tornou numa grande imobiliária,
onde grandes negócios foram feitos”, assinalou.
FolhaMax