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Polícia encontra ossada de grávida desaparecida há 8 meses em Alto Paraguai

Corpo de jovem de 18 anos foi encontrado em chácara em Alto Paraguai.
Comerciante foi preso, confessou o crime e mostrou onde enterrou a jovem.

corpo02Um comerciante de 40 anos foi preso pela Polícia Civil, suspeito de ter matado e ocultado o cadáver de uma jovem de 18 anos, natural de Alto Paraguai, a 219 km de Cuiabá. A vítima, Ludmila dos Santos de Jesus, estava grávida de quatro meses e teve o desaparecimento comunicado à polícia no  dia 4 de novembro de 2015, após sumir em Cuiabá. O suspeito, Antônio José de Souza, confessou o crime à polícia nesta semana.

Segundo o delegado Luciano Inácio da Silva, da Delegacia Especializada de Homicídio e Proteção à Pessoa (DHPP), responsável por conduzir o inquérito, a vítima teria sido morta por querer ficar com o namorado, por conta da gravidez. À polícia, o comerciante – que na época do desaparecimento, negou envolvimento com o crime – alegou que matou Ludmila porque ela “o perseguia e o ameaçava”.

As investigações apontam que o suspeito iniciou o relacionamento com a jovem quando ela ainda tinha 17 anos. A jovem tinha acabado de completar 18 anos quando foi levada pelo suspeito para Cuiabá para se submeter a um aborto, por insistência do namorado. Segundo a polícia, o suspeito era casado, tinha três filhos e não tinha interesse em deixar a jovem levar a gravidez adiante e assumir o filho.

IMG12 (1)A jovem desapareceu após deixar a casa de uma amiga, no Bairro Goiabeiras, na capital, onde estava hospedada. Na ocasião, ela se arrumou para sair e afirmou à amiga que iria se encontrar com o namorado.

Em depoimento à polícia, a mãe de Ludmila contou que o último contato com a filha foi no dia 2 de novembro de 2015, quando ligou para dar parabéns pelo aniversário da filha e descobriu que ela estava em Cuiabá. Em conversa por telefone, Ludmila teria demonstrado muita tristeza. A mãe pediu para que ela voltasse para casa e a jovem teria afirmado que voltaria nos próximos dias.

Buscas
A Polícia Civil representou pelo mandado de busca e apreensão domiciliar, bem com pelo mandado de prisão temporária do comerciante, que foi a última pessoa que manteve contato com vítima desaparecida. As ordens foram decretadas pela 14ª Vara Criminal da Comarca de Cuiabá.

corpo01Na última terça-feira (12), os policiais foram até a chácara do suspeito, no município de Alto Paraguai. No local, o investigado foi surpreendido em poder de um revólver calibre 38 e foi autuado em flagrante pelo crime de posse ilegal de arma de fogo.

Durante interrogatório sobre o desaparecimento de Ludmila, ele confessou a autoria do homicídio e indicou o local, dentro da chácara, onde havia enterrado o corpo da jovem. Os policiais conseguiram localizar a ossada da jovem após quase 4h de buscas. A Perícia Oficial e Identificação Técnica (Politec) de Tangará da Serra, a 242 km da capital, também esteve no local e acredita que Ludmila, possivelmente, foi morta por asfixia.

Antônio José foi indiciado pelos crimes de homicídio qualificado e ocultação de cadáver.

G1-MT

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